Poliminerais é indicado para atingir as necessidades basais a moderadamente aumentadas de oligoelementos na nutrição intravenosa.
Quais as contraindicações do Poliminerais?
Este medicamento é contraindicado em casos de:
- Hipersensibilidade ou alergia a qualquer um dos ingredientes deste medicamento. Observar se o paciente desenvolver rash ou qualquer outra reação alérgica (como coceira, inchaço dos lábios ou do rosto, ou encurtamento da respiração);
- Se a eliminação de bile está bloqueada;
- Se o paciente tem doença de Wilson ou hemocromatose;
- Poliminerais não deve ser administrado em crianças com menos de 15 kg.
Este medicamento é contraindicado para uso por crianças com menos de 15 kg.
A medicação deve ser administrada exclusivamente pela via intravenosa, sob o risco de danos à eficácia terapêutica.
Poliminerais deve ser adicionado a outra solução antes da administração e deve ser administrado somente por via intravenosa. Poliminerais não pode ser administrado sem diluição. Este medicamento não pode ser adicionado a outros medicamentos que não têm compatibilidade documentada.
É recomendado que a solução de macronutrientes (aminoácidos e glicose com ou sem emulsão lipídica) seja preparada antes da adição de Poliminerais e administrado ao paciente. Poliminerais não deve ser adicionado primeiro na emulsão lipídica (isolada) pois a presença de eletrólitos poderá desestabilizar a emulsão.
A dose recomendada para adultos com necessidades basais a moderadamente aumentadas de oligoelementos é de 10 mL por dia.
A dose recomendada para crianças pesando mais de 15 kg é de 0,1 mL por kg de peso corpóreo por dia.
Pacientes com problemas renais ou hepáticos, ou colestase moderada, devem ter a dose adaptada.
O limite máximo diário de administração do medicamento é 10 mL.
Qualquer solução não utilizada deve ser descartada. Toda infusão parenteral deve ser preparada e finalizada em 24 horas.
Poliminerais é compatível para ser utilizado em soluções parenterais com ou sem adição de lipídios, observados os cuidados já descritos para a manipulação do produto.
Os seguintes produtos da Fresenius Kabi são compatíveis com Poliminerais:
Como a administração de Poliminerais depende da necessidade do paciente e suas condições de saúde, a preparação das soluções deverá obedecer a prescrição médica e às Boas Práticas de Preparação de Nutrição Parenteral.
Soluções administradas via parenteral contendo ferro ou iodo podem causar reações de hipersensibilidade em raras ocasiões, incluindo reações anafiláticas graves e potencialmente fatais.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – Notivisa, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Poliminerais maior do que a recomendada?
Em pacientes com insuficiência renal ou função biliar, há um risco aumentado de acúmulo de oligoelementos. No caso de uma sobrecarga crônica de ferro, existe o risco de hemossiderose, que em casos graves e raros pode ser tratada por via venosa.
É muito difícil que o paciente receba uma quantidade maior de medicamento do que a indicada. No entanto, em caso de suspeita, a condição do paciente deve ser imediatamente verificada.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Poliminerais com outros remédios?
Não existem interações medicamentosas.
Quais cuidados devo ter ao usar o Poliminerais?
Os pacientes devem ser observados clinicamente para verificação de sinais e sintomas de reações de hipersensibilidade. No caso de reações de hipersensibilidade, a infusão deve ser interrompida imediatamente e as medidas apropriadas devem ser aplicadas.
Soluções administradas via parenteral contendo ferro ou iodo podem causar reações de hipersensibilidade em raras ocasiões, incluindo reações anafiláticas graves e potencialmente fatais.
Informe seu médio sobre sinais e sintomas de reações de hipersensibilidade.
Poliminerais deve ser administrado com cautela em pacientes com disfunção do fígado. A disfunção do fígado, incluindo excreção biliar alterada, pode interferir na eliminação dos oligoelementos de Poliminerais, levando ao risco de acúmulo. Poliminerais deve ser usado com cautela em pacientes com função renal alterada, pois a eliminação de alguns oligoelementos na urina pode ser significativamente diminuída.
Em pacientes com função renal ou biliar prejudicada, há um risco aumentado de acúmulo de oligoelementos. Em casos de sobrecarga crônica de ferro, há risco de hemossiderose.
Se o tratamento for continuado por mais de 4 semanas, os níveis de oligoelementos no plasma, especialmente manganês, devem ser avaliados.
Se o paciente possui maior necessidade de algum dos oligoelementos, o tratamento pode ser ajustado utilizando suplementos separados.
Poliminerais não tem impacto em dirigir ou operar máquinas.
Uso em crianças
Este medicamento é contraindicado para uso por crianças com menos de 15 kg.
Gravidez e Amamentação
Verificar se a paciente está grávida ou amamentando, ou se pretende ficar grávida.
Estudos de reprodução de animais e investigações clínicas durante a gravidez não foram realizados com Poliminerais. No entanto, as necessidades de oligoelementos em uma mulher grávida são ligeiramente aumentadas quando comparado com mulheres não grávidas. Não são esperados eventos adversos quando Poliminerais é administrado durante a gravidez.
As substâncias ativas do Poliminerais são secretadas no leite humano e foram observados efeitos em recém-nascidos e crianças em amamentação com mulheres tratadas com Poliminerais.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Qual a ação da substância Poliminerais?
Resultados de Eficácia
O efeito dos nove oligoelementos na combinação fixa é equivalente ao efeito de cada oligoelemento se adicionado individualmente à nutrição parenteral. Mas a combinação fixa proporciona um melhor perfil de segurança e é mais prática.
Características Farmacológicas
Farmacocinética
Quando infundidos por via intravenosa, os oligoelementos contidos no Poliminerais são metabolizados de forma semelhante aos provenientes da dieta oral que foi absorvida pelo intestino1. Os diferentes órgãos absorvem oligoelementos em diferentes graus da corrente sanguínea. As células nos tecidos de órgãos utilizam os respectivos oligoelementos para manter a função ou para reabastecer estoques, dependendo do tecido.
Para os fármacos administrados por via intravenosa, a absorção é definida como 100%.
Os oligoelementos que são primariamente excretados na urina são:
- Cromo, molibdênio, selênio, iodo e flúor; enquanto os oligoelementos para os quais a principal via de excreção é através da bile são: cobre e manganês2,3,4.
A excreção de zinco é principalmente nas fezes por transporte através da mucosa intestinal, com uma quantidade menor na bile e na urina5. A infusão com zinco aumenta a reabsorção renal distal de zinco, mas a infusão com aminoácidos aumenta a secreção proximal de zinco no rim que pode resultar em aumento das perdas urinárias de zinco. Perdas de ferro são por meio de pele desacamada, turnover normal de células intestinais e perda de sangue e, portanto, não está sob controle direto2.
Farmacodinâmica
Oligoelementos têm efeitos no corpo bem documentados. Seu principal papel é funcionar como cofatores para a atividade de muitas enzimas2. Algumas estão envolvidas no metabolismo intermediário dos principais substratos de energia e proteína.
Cromo
- Potencializa a ação da insulina, provavelmente amplificando a atividade da tirosina quinase do receptor da insulina6. Os principais efeitos da deficiência reduzem a atividade da insulina, resultando em diminuição da tolerância à glucose, aumento dos ácidos graxos livres no plasma e perda de peso7.
Cobre
- O papel bioquímico do cobre é principalmente catalítico. As metaloenzimas de cobre atuam como oxidases e reduzem o oxigênio molecular2. Essas metaloenzimas de cobre incluem as aminas oxidases, lisil oxidase, ferroxidase e superóxido dismutase citoplasmática. Os efeitos clínicos da deficiência são, portanto, em grande parte, resultado do metabolismo prejudicado do ferro, levando a anemia e a complicações nas funções de elastina e colágeno2.
Flúor
- Embora o papel do flúor na prevenção da cárie dentária esteja bem estabelecido, os mecanismos para seus efeitos não são totalmente compreendidos. Originalmente, acreditava-se que o fluoreto incorporado no esmalte durante o desenvolvimento do dente resulta em mais esmalte resistente ao ácido. Pesquisas adicionais indicam que a ação primária do flúor ocorre topicamente na superfície, após a erupção dos dentes da gengiva, mas o flúor também tem um papel no metabolismo dentário e ósseo sistematicamente4.
Iodo
- O iodo é um componente essencial dos hormônios tireoidianos tiroxina e triiodotironina. Esses hormônios e, portanto, iodo são essenciais para a vida regulando principais reações bioquímicas no metabolismo energético e síntese protéica2.
Ferro
- Cerca de dois terços de todo o ferro encontrado no corpo está na hemoglobina em eritrócitos. O restante está na mioglobina e em enzimas que são primariamente necessárias para o metabolismo oxidativo. O corpo normalmente tem estoques de ferro no fígado e medula óssea. Deficiência de ferro leva à anemia, com sintomas de cansaço e capacidade cognitiva prejudicada2.
Manganês
- O manganês é um nutriente essencial envolvido na atividade de muitas metaloenzimas. Estas metaloenzimas incluem arginase, glutamina sintetase e manganês superóxido dismutase. Além disso, o manganês é necessário para a atividade das glicosil transferases, que são importantes para a síntese de proteoglicanos e a formação óssea em animais, embora não haja evidência no homem8. A partir da corrente sanguínea, é retirado do fígado e ligado a transferrina e albumina para distribuição aos tecidos.
Molibdênio
- O molibdénio funciona como um cofator para um pequeno número de enzimas no homem: sulfito-oxidases, xantina-oxidases e aldeído-oxidases2,9. A confirmação bioquímica da essencialidade do molibdênio veio de um defeito genético que impede a síntese de sulfito-oxidase e leva a danos neurológicos graves.
Selênio
- O selênio funciona em grande parte através da sua presença na selenocisteína de aminoácidos dentro de várias proteínas, isto é, selenoproteínas. As funções mais bem caracterizadas são quatro glutationa peroxidases conhecidas que defendem contra o estresse oxidativo. Há também três iodotironina deiodinases que são importantes no metabolismo do hormônio da tireoide, e três tioredoxin-redutases que ajudam a regular o estado redox da vitamina C e outras moléculas3,10.
Zinco
- Quase 100 enzimas específicas dependem do zinco para atividade catalítica. Estas enzimas ocorrem em todas as classes de enzimas e têm uma ampla gama de funções ao longo do metabolismo. Os papéis em RNA polimerase e síntese de proteínas, álcool desidrogenase, anidrase carbônica e fosfatase alcalina têm sido particularmente bem estudados11. Além disso, o zinco pode facilitar a dobragem de proteínas, isto é, a formação de “dedos de zinco” que mantêm funções na regulação de genes como fatores de transcrição de ligação a ADN2.
Referências Bibliográficas
1. Shenkin A, Wretlind A. Parenteral nutrition. World Rev Nutr Diet 1978;28:1-111.
2. Food and Nutrition Board IoM. Dietary Reference Intakes for Vitamin A, Vitamin K, Arsenic, Boron, Chromium, Copper, Iodine, Iron, Manganese, Molybdenum, Nickel, Silicon, Vanadium, and Zinc. Washington, DC: National Academy Press; 2001.
3. Food and Nutrition Board IoM. Dietary Reference Intakes for Vitamin C, Vitamin E, Selenium, and Carotenoids. Washington, DC: National Academy Press; 2000.
4. Food and Nutrition Board IoM. Fluoride. Dietary Reference Intakes: Calcium, Phosphorus, Magnesium, Vitamin D, and Fluoride. Washington DC: National Academy Press; 1997.
5. Jeejeebhoy K. Zinc: an essential trace element for parenteral nutrition. Gastroenterology 2009 Nov;137(5 Suppl):S7-12.
6. Vincent JB. Recent advances in the nutritional biochemistry of trivalent chromium. Proc Nutr Soc 2004 Feb;63(1):41-7.
7. Jeejeebhoy K. Chromium and Parenteral Nutrition. Journal of Trace Elements in Experimental Medicine 1999;12(2):85-9.
8. Leach RM, Harris ED. Manganese. In: O’Dell BL, Sunde RA, editors. Handbook og nutritionally essential mineral elements.New York: Marcel Dekker; 1997. p. 335-56.
9. Johnson JL. Molybdenum. In: O’Dell BL, Sunde R, editors. Handbook of Nutritionally Essential Mineral Elements.New York: Marcel Dekker; 1997. p. 413-38.
10. Shenkin A. Selenium in intravenous nutrition. Gastroenterology 2009 Nov;137(5 Suppl):S61-S69.
11. Chesters JK. Zinc. In: O’Dell BL, Sunde RA, editors. Handbook of Nutritionally Essential Mineral Elements.New York, Basel, Hong Kong: Marcel Dekker; 1997. p. 185-230.
Fontes consultadas
- Bula do Profissional do Medicamento Addaven.