Subgalato de Bismuto + Óxido de Zinco + Iodeto de Timol: bula, para que serve e como usar

Subgalato de Bismuto + Óxido de Zinco + Iodeto de Timol é um medicamento especialmente formulado para prevenir e combater as dermatites causadas pelo uso de fraldas e também eritemas provocados por assaduras e brotoejas. Possui ação secativa, auxiliando na prevenção e tratamento dos odores nos pés e axilas e deixa a pele perfumada.

O uso de Subgalato de Bismuto + Óxido de Zinco + Iodeto de Timol é contraindicado em pacientes que apresentem hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula. Não deve ser utilizado em ferimentos ou lesões graves como cortes profundos, ulcerações dermatológicas ou queimaduras de 2º e 3º graus.

Uso Externo.

Sobre a pele limpa e seca, polvilhar Subgalato de Bismuto + Óxido de Zinco + Iodeto de Timol diretamente nas partes afetadas, de 3 a 5 vezes ao dia.

Manter o tratamento até o desaparecimento dos sintomas ou siga a recomendação médica.

Pacientes sensíveis a algum componente da fórmula podem apresentar reações de hipersensibilidade local, características dos produtos de aplicação tópica. Caso ocorra algum tipo de irritação, o uso de Subgalato de Bismuto + Óxido de Zinco + Iodeto de Timol deverá ser interrompido imediatamente.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Não são conhecidas interações medicamentosas de Subgalato de Bismuto + Óxido de Zinco + Iodeto de Timol com outros medicamentos.

Este medicamento não deve ser ingerido.

Evitar contato com os olhos. Em caso de contato com os olhos, lavar imediatamente com bastante água.

Subgalato de Bismuto + Óxido de Zinco + Iodeto de Timol não apresenta contraindicações relativas a faixas etárias.

Este medicamento pode ser utilizado durante a gravidez desde que sob prescrição médica.

Características Farmacológicas


Subgalato de Bismuto + Óxido de Zinco + Iodeto de Timol tem na sua fórmula três substâncias que agem formando uma fina camada sobre a pele, evitando ou diminuindo a formação de processos irritativos.

Segundo Gorbach (1990), os compostos de bismuto são drogas que vêm sendo empregadas há quase três séculos em medicina, tendo indicações de uso tópico: como emolientes, adstringentes e antissépticos. Os metais pesados, como o bismuto, se caracterizam por possuir atividade antimicrobiana comprovada, onde estudos ultraestruturais de biópsias endoscópicas de pacientes tratados com sais de bismuto demonstraram alterações na estrutura bacteriana com presença de vacuolização de seus componentes e deposição de material eletrodenso (aparentando complexos de bismuto) observados na superfície externa e logo abaixo da parede celular dos microorganismos; parecendo que os compostos de bismuto apresentam “ação direta sobre as bactérias, bem como, habilidade em interferir sobre a aderência do microorganismo ao epitélio” (Marshall et al., 1987).

O óxido de zinco funciona como protetor mecânico da barreira da pele, não apresentando efeitos tóxicos ou adversos conhecidos. Além da sua ação farmacológica, agiria também através da correção de um déficit local de zinco, quando aplicado topicamente. Demonstrou-se in vitro que o óxido de zinco promove a degradação do colágeno nos tecidos necróticos de crostas de pele, provavelmente pelo aumento da atividade de metaloproteinases: Esse pode ser um dos mecanismos que explicam sua ação anti-inflamatória e o efeito positivo na cicatrização de úlceras da pele. Provavelmente o óxido de zinco acelera o processo de cicatrização através do aumento da expressão dos genes para o fator de crescimento IGF-1 (insulina like) no tecido de granulação. Demonstrou-se ação do óxido de zinco estimulando a re-epitelização: Em células basais da epiderme, tanto de pele íntegra como não íntegra de ratos, aumenta o índice mitótico, quando empregado em concentração de 25mg. Além desses, há também um efeito antibacteriano indireto atribuído ao óxido de zinco, que seria mediado pelos sistemas locais de defesa e não por ação direta contra bactérias (Liszewski RF, 1981).

O iodeto de timol possui uma suave propriedade antisséptica local e é utilizado como um substituto para o iodofórmio. Tem a vantagem de ser praticamente inodoro, mas não libera iodo nos tecidos e, desta forma, não pode substituir o iodofórmio em cirurgias. Além disso, por conta de sua extrema insolubilidade, mesmo nos fluidos alcalinos do corpo, o timol é menos ativo quando combinado ao iodeto comparado ao seu estado livre. Quando em contato com a pele não sofre modificações estruturais e também não é absorvido por ela. Ele é utilizado na forma de pó para queimaduras e feridas, seja em seu estado puro ou misturado com 1 a 3 partes de talco purificado. Como pomadas (na concentração de 2 a 10%), preparada com parafina líquida ou gordura hidrogenada, pode ser aplicado à pele no tratamento de eczemas, psoríases e etc. (British Pharmaceutical Codex, 1934 pg. 1058-1059).

Referências:

British Pharmaceutical Codex, 1934. p.1058-59.
Gorbach, S.L.: Bismuth therapy in gastrointestinal diseases. Gastroenterology, Philadelphia, 99 (3): 863 – 75, 1990
Liszewski, R.F.: The effect of zinc on wound healing: a collective review. J Am Osteopath Assoc 81:104, 1981.
Marshall, B.J. et al.: Antibacterial action of bismuth in relation to Campylobacter pylorides colonization and gastritis. Digestion, Base 37: 16-30, 1987. [Supplement, 2].
Reynolds, J.E.F. Martindale the extra pharmacopoeia. 29.ed. London: Pharmaceutical Press, 1989. p. 777, 1548.

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Cutisanol® (apresentação pó).

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