Furoato de Fluticasona: bula, para que serve e como usar

Adultos e /adolescentes (a partir de 12 anos de idade)

Tratamento dos sintomas nasais (rinorreia, congestão nasal, prurido e espirros) e dos sintomas oculares (prurido/ardência, lacrimejamento e vermelhidão) da rinite alérgica sazonal.

Tratamento dos sintomas nasais (rinorreia, congestão nasal, prurido e espirros) da rinite alérgica perene.

Crianças (2 a 11 anos)

Tratamento dos sintomas nasais (rinorreia, congestão nasal, prurido e espirros) da rinite alérgica sazonal e perene.

Informações além da bula: Furoato de Fluticasona

Furoato de Fluticasona Spray Nasal é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade a qualquer um dos ingredientes do produto.

Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos.

  • O medicamento é fornecido em um frasco de vidro dentro de um estojo plástico:
  • Uma abertura na lateral do estojo permite verificar quanto medicamento resta na embalagem.
  • Quando o botão lateral é pressionado com firmeza, um jato do medicamento é liberado através do bico do frasco.
  • O bico do frasco é protegido por uma tampa removível.
  • O dispositivo deve ser preparado antes da primeira utilização ou caso pareça não funcionar direito.
  • Para as aplicações seguintes, ver item 3 a seguir.

Preparo do spray nasal na primeira aplicação

  1. Agite vigorosamente o spray tampado por cerca de 10 segundos: 
  2. Para remover a tampa azul, aperte delicadamente suas laterais com o polegar e o indicador e puxe-a para fora.
  3. Vire o bocal na direção oposta a você e pressione firmemente o botão da lateral do dispositivo (cerca de seis vezes) até que um jato fino seja liberado no ar.

O spray nasal agora está pronto para uso.

    Como usar o spray nasal nas demais aplicações

    1. Agite o spray nasal vigorosamente, sempre antes de cada aplicação.
    2. Retire a tampa.
    3. Assoe o nariz para limpar as narinas e depois incline um pouco a cabeça para a frente.
    4. Segure o spray nasal na posição vertical e coloque o bico pulverizador cuidadosamente em uma das narinas.
    5. Coloque o bico pulverizador cuidadosamente em uma das narinas e afaste o bico da divisão central do nariz. Isso ajuda a dirigir o medicamento para a parte correta do nariz.
    6. Respire pelo nariz e pressione o botão uma vez, firmemente, até o fim.
    7. Tomar cuidado para que o jato não atinja os olhos. Se isso ocorrer, lave-os bem com água.
    8. Afaste o bico pulverizador do nariz e solte o ar pela boca.
    9. Para aplicar dois jatos em cada narina, repita os passos anteriores.
    10. Repita os passos anteriores na outra narina.
    11. Atenção: Nunca tentar perfurar o dispositivo para facilitar a saída do produto. Isso irá danificar permanentemente o mesmo.
    12. Se achar que o dispositivo não funciona corretamente:
      • Verifique se ainda há medicamento conferindo o nível do líquido pela janela. Se estiver muito baixo, pode não haver medicamento suficiente para fazer o dispositivo funcionar.
      • Verifique se há algum dano no dispositivo.

    Como limpar o spray nasal

    Após cada uso:

    • Limpe o bico pulverizador e a parte interna da tampa (ver figuras abaixo). Não use água, e sim um pano seco e limpo.
    • Recoloque a tampa no lugar para evitar a entrada de poeira, conservar a pressão e impedir que o bico pulverizador fique entupido.

    Posologia do Furoato de Fluticasona


    Furoato de Fluticasona Spray Nasal destina-se somente à administração por via nasal. Para um benefício terapêutico completo, recomenda-se o uso regular do medicamento. Observou-se o início de ação 8 horas após a primeira administração. Podem ser necessários vários dias de tratamento para que se obtenha o benefício máximo. Deve-se explicar ao paciente a ausência de efeito imediato.

    Populações

    Para o tratamento de rinite alérgica sazonal e perene.

    Adultos/adolescentes (a partir de 12 anos de idade)

    A dose inicial recomendada é de 2 jatos (27,5 mcg por jato) em cada narina uma vez ao dia (dose diária total: 110 mcg). Uma vez atingido o controle adequado dos sintomas, a redução da dose para 1 jato em cada narina uma vez ao dia (dose diária total: 55 mcg) pode ser eficaz para manutenção.

    Crianças (de 2 a 11 anos de idade)

    A dose inicial recomendada é de 1 jato (27,5 mcg por jato) em cada narina uma vez ao dia (dose diária total: 55 mcg). Os pacientes que não reagirem adequadamente a essa dosagem (dose diária total: 55 mcg) podem usar 2 jatos em cada narina uma vez ao dia (dose diária total: 110 mcg). Quando o controle dos sintomas é atingido, recomenda-se a redução da dose para 1 jato em cada narina uma vez ao dia (dose diária total: 55 mcg).

    Crianças (menores de 2 anos de idade)

    Não há dados que recomendem o uso de Furoato de Fluticasona Spray Nasal no tratamento de rinite alérgica sazonal ou perene em crianças menores de 2 anos de idade.

    Idosos

    Não é necessário nenhum ajuste de dose.

    Insuficiência renal

    Não é necessário nenhum ajuste de dose.

    Insuficiência hepática

    Não é necessário nenhum ajuste de dose para pacientes com insuficiência hepática.

    Dados de estudos clínicos de grande porte foram usados para determinar a frequência de reações adversas.

    A seguinte convenção foi usada para a classificação da frequência:

    Muito comuns> 1/10
    Comuns>1/100 e < 1/10
    Incomuns> 1/1.000 e < 1/100
    Raras> 1/10.000 e < 1/1.000
    Muito raras< 1/10.000

    Dados de Estudos Clínicos

    • Reação muito comum (>1/10): epistaxe.
    • Reações comuns (>1/100 e <1/10): ulceração nasal.

    Entre adultos e adolescentes, a incidência de epistaxe foi mais alta no uso de longa duração (mais de seis semanas) do que no uso de curta duração (até seis semanas). Em estudos clínicos pediátricos de até 12 semanas de duração, a incidência de epistaxe foi similar entre Furoato de Fluticasona Spray Nasal e placebo.

    Crianças

    • Não conhecidas: retardo do crescimento.

    Em um estudo clínico de um ano avaliando-se o crescimento em crianças pré-púberes que receberam 110 microgramas de furoato de fluticasona uma vez por dia, uma diferença média de -0,27 cm na velocidade de crescimento foi observada em comparação com placebo por ano.

    Dados Pós-comercialização

    • Reações comuns (>1/100 e <1/10): cefaleia.
    • Reações incomuns (> 1/1.000 e < 1/100): rinalgia, desconforto nasal (incluindo queimação, irritação, ulceração nasal), ressecamento nasal.
    • Reações raras (>1/10.000 e <1/1.000): manifestações de hipersensibilidade que incluem anafilaxia, angioedema, rash e urticária.
    • Reações muito raras (<1/10.000): perfuração do septo nasal.
    • Frequência desconhecida: infecções por candida albicans, dificuldades de cicatrização, catarata, glaucoma, imunossupressão, dor faringolaríngea, dor nas costas, nasofaringite, pirexia e tosse.

    Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.

    Sinais e sintomas

    Em um estudo sobre biodisponibilidade, doses intranasais até 24 vezes maiores que a dose diária recomendada para adultos foram pesquisadas, durante três dias, sem que se observasse nenhum efeito sistêmico adverso. 

    Tratamento

    É improvável que a superdosagem aguda exija qualquer tratamento além de observação.

    Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.

    Furoato de Fluticasona Spray Nasal é rapidamente eliminado por extenso metabolismo de primeira passagem mediado pelo citocromo P450 3A4. Em um estudo sobre interações medicamentosas do Furoato de Fluticasona Spray Nasal e do cetoconazol, um potente inibidor da CYP3A4, houve mais pacientes com concentrações plasmáticas mensuráveis de furoato de fluticasona no grupo do cetoconazol (seis dentre 20 participantes) em comparação com placebo (um dentre 20 participantes). Esse pequeno aumento da exposição não resultou em diferença estatisticamente significativa dos níveis séricos de cortisol entre os dois grupos durante 24 horas.

    Os dados disponíveis sobre indução e inibição de enzimas indicam não haver base teórica para prever, com doses intranasais, interações metabólicas clinicamente relevantes entre o furoato de fluticasona e o metabolismo mediado pelo citocromo P450 de outros compostos. Portanto, não se conduziu nenhum estudo clínico para investigar interações do furoato de fluticasona com outros fármacos.

    Com base em dados obtidos em pesquisas sobre outros glicocorticoides metabolizados pela CYP3A4, não se recomenda a coadministração com ritonavir, devido ao risco potencial de aumento da exposição sistêmica ao furoato de fluticasona.

    Efeitos sistêmicos com corticosteroides nasais foram relatados, particularmente em doses elevadas prescritas por períodos prolongados. Estes efeitos são muito menos prováveis de ocorrer com corticosteroides nasais do que com corticosteroides orais e podem variar em cada indivíduo e entre diferentes formulações de corticosteroides.

    Uma redução na velocidade de crescimento foi observada em um estudo realizado com crianças tratadas com 110 microgramas de furoato de fluticasona por dia, durante um ano. Assim, pacientes desta faixa etária devem ser tratados com a menor dose necessária para controle adequado dos sintomas. Como com outros corticosteroides intranasais, os médicos devem estar alertas para seus potenciais efeitos sistémicos, incluindo alterações oculares, tais como coriorretinopatia central serosa.

    Efeitos na capacidade de dirigir veículos e de operar máquinas

    Com base na farmacologia do furoato de fluticasona e de outros esteroides administrados por via intranasal, não há razões para prever nenhum efeito sobre a capacidade de dirigir veículos ou de operar máquinas devido ao uso de Furoato de Fluticasona Spray Nasal.

    Carcinogênese, Mutagênese

    Não houve nenhum aumento na incidência de tumores relacionados ao tratamento com inalação de furoato de fluticasona durante dois anos de estudos em ratos e camundongos. Furoato de Fluticasona Spray Nasal não apresentou-se genotóxico in vitro ou in vivo.

    Toxicologia

    O potencial de toxicidade reprodutiva foi avaliado em animais através da administração de furoato de fluticasona por inalação de modo a garantir uma elevada exposição sistêmica ao fármaco.

    Não houve efeitos no acasalamento ou na fertilidade de ratos machos ou fêmeas. Em ratos, a toxicidade do desenvolvimento limitou-se a um aumento na incidência de espinha bífida incompletamente ossificado em associação com menor peso fetal. Altas doses do fármaco em coelhos induziram o aborto. Estes resultados são típicos de uma exposição sistêmica a corticosteroides potentes. Não houve alterações esqueléticas ou viscerais importantes em ratos ou coelhos e nenhum efeito foi observado no desenvolvimento pré ou pós-natal em ratos.

    Toxicologia animal e/ou farmacologia

    Dados obtidos em estudos de toxicologia geral foram similares aos observados com outros glicocorticoides e não são considerados clinicamente relevantes para uso intranasal de furoato de fluticasona.

    Gravidez e lactação

    Não há dados adequados disponíveis sobre o uso de Furoato de Fluticasona Spray Nasal em seres humanos durante a gravidez e a lactação. Furoato de Fluticasona Spray Nasal somente deve ser usado na gravidez se os benefícios para a mãe forem superiores aos riscos potenciais para o feto.

    Fertilidade

    Não há dados em seres humanos.

    Gravidez

    Após a administração intranasal de Furoato de Fluticasona Spray Nasal na dose máxima recomendada para seres humanos (110 mcg/dia), as concentrações plasmáticas de furoato de fluticasona não foram quantificáveis. Portanto, espera-se que o potencial de toxicidade reprodutiva seja muito baixo.

    Lactação

    A excreção do furoato de fluticasona no leite materno humano não foi investigada.

    Categoria C de risco na gravidez.

    Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. 

    Resultados de Eficácia


    Rinite alérgica sazonal em adultos e adolescentes

    Uma dose de Furoato de Fluticasona Spray Nasal de 110 mcg uma vez ao dia resultou em melhora significativa, em comparação com placebo, das pontuações totais de sintomas nasais pré-dose (rTNSS e iTNSS, que consistem em rinorreia, congestão nasal, espirros e prurido) subjetivos diários e objetivos e das pontuações totais de sintomas oculares (rTOSS, que consistem em prurido/ardência, lacrimejamento e vermelhidão) subjetivos diários e objetivos em comparação com placebo (ver tabela abaixo). Os sintomas subjetivos representam a forma como o paciente se sentiu durante as 12 horas anteriores e os sintomas objetivos a forma como se sentiu na ocasião da avaliação. A melhora dos sintomas nasais e oculares se manteve ao longo de todo o período de 24 horas decorrido após a administração de uma dose diária.

    Rinite alérgica sazonal: desfechos primários e secundários
    EstudoDesfecho primário: rTNSS diáriasDesfecho secundário: rTOSS diárias
    Diferença média de QMValor p (IC de 95%)Diferença média de QMValor p (IC de 95%)
    FFR20001-2,012<0,001 (-2,58 a -1,44)
    FFR30003-0,7770,003 (-1,28 a 0,27)-0,5460,008 (-0,95 a 0,14)
    FFR103184-1,757<0,001 (-2,28 a 1,23)-0,741<0,001 (-1,14 a 0,34)
    FFR104861-1,473<0,001 (-2,01 a 0,94)-0,6000,004 (-1,01 a 0,19)

    rTNSS = pontuações totais de sintomas nasais subjetivos.
    rTOSS = pontuações totais de sintomas oculares subjetivos.
    QM = quadrados mínimos.
    Diferença média de QM = alteração média de QM em relação à avaliação inicial do fármaco ativo menos a alteração média de QM em relação à avaliação inicial do placebo.
    IC = intervalo de confiança.

    A distribuição da percepção dos pacientes sobre a resposta global ao tratamento (segundo uma escala de 7 pontos que varia de significativamente melhor a significativamente pior) favoreceu Furoato de Fluticasona Spray Nasal 110 mcg em relação ao placebo, com diferença de tratamento estatisticamente significativa. Observou-se o início da ação já a partir de 8 horas após a primeira administração em dois estudos. Uma melhora significativa dos sintomas foi registrada nas primeiras 24 horas em quatro estudos e continuou a aumentar ao longo de vários dias. A qualidade de vida dos pacientes, avaliada pelo Questionário de Qualidade de Vida Relativa à Rinoconjuntivite (RQLQ), melhorou significativamente em relação à avaliação inicial com Furoato de Fluticasona Spray Nasal em comparação com placebo (diferença mínima relevante em todos os estudos = melhora de pelo menos -0,5 em relação ao placebo; diferença entre os tratamentos de -0,690; p<0,001; IC de 95%: -0,84 a -0,54).

    Rinite alérgica perene em adultos e adolescentes

    Furoato de Fluticasona Spray Nasal 110 mcg uma vez ao dia resultou em melhora significativa da rTNSS diária (diferença média de QM=-0,706; p=0,005; IC de 95%: -1,20 a -0,21). A melhora dos sintomas nasais se manteve ao longo de todo o período de 24 horas decorrido após a administração de uma dose diária. A distribuição da percepção dos pacientes sobre a resposta global ao tratamento também melhorou significativamente em comparação com o placebo.

    Em um estudo de dois anos destinado a avaliar a segurança ocular do furoato de fluticasona spray intranasal (110 microgramas uma vez por dia), adultos e adolescentes com rinite alérgica perene receberam ou furoato de fluticasona (n = 367) ou placebo (n = 181). Os resultados primários [tempo para aumento da opacidade subcapsular posterior (≥ 0,3 do valor inicial do Lens Sistema de Classificação de Opacidades, Versão III (LOCS grau III)) e tempo de aumento da pressão intra-ocular (PIO; ≥ 7 mmHg da linha de base)] não foram estatisticamente significativos entre os dois grupos. Aumento da opacidade subscapsular posterior (≥ 0,3 da linha de base) foram mais frequentes em indivíduos tratados com 110 microgramas de furoato de fluticasona [14 (4%)] versus placebo [4 (2%)] e foram de natureza transitória por dez indivíduos do grupo do furoato de fluticasona e dois indivíduos no grupo placebo. Aumento da pressão intra-ocular (mmHg ≥ 7 da linha de base) foram mais frequentes em indivíduos tratados com 110 microgramas de furoato de fluticasona: 7 (2%) para de furoato de fluticasona 110 microgramas uma vez por dia e 1 ( 95%) apresentaram valores de pressão intra-ocular dentro de ± 5mmHg do valor basal. Aumento da opacidade subcapsular posterior ou PIO não foram acompanhadas de quaisquer eventos adversos, como catarata ou glaucoma.

    Crianças

    A posologia pediátrica baseia-se na avaliação dos dados de eficácia na população infantil com rinite alérgica. Em um estudo sobre rinite alérgica sazonal em crianças, a administração de Furoato de Fluticasona Spray Nasal 110 mcg durante duas semanas foi eficaz no desfecho nasal primário (diferença média de QM na rTNSS diária=-0,616; p=0,025; IC de 95%: -1,15 a -0,08) e em todos os desfechos nasais secundários, exceto na pontuação subjetiva individual de rinorreia. Não se observou diferença significativa entre a dose de 55 mcg de Furoato de Fluticasona Spray Nasal e placebo em nenhum dos desfechos de avaliação.

    Em um estudo sobre rinite alérgica perene, Furoato de Fluticasona Spray Nasal 55 mcg mostrou-se eficaz na melhora da rTNSS diária (diferença média de QM=-0,754; p=0,003; IC de 95%: -1,24 a -0,27). Embora tenha havido uma tendência de melhora da rTNSS com a dose de 100 mcg, essa melhora não atingiu significância estatística (diferença média de QM=-0,452; p=0,073; IC de 95%: -1,24 a -0,04). A análise post-hoc dos dados de eficácia ao longo de 6 e 12 semanas desse estudo e um ensaio de segurança de seis semanas do eixo HPA mostraram que a melhora da rTNSS com Furoato de Fluticasona Spray Nasal 110 mcg em relação ao placebo foi estatisticamente significativa.

    Em um estudo randomizado, duplo-cego, de grupos paralelos, multicêntrico, de um ano de duração e placebo-controlado avaliou-se o efeito de 110 microgramas diários de furoato de fluticasona spray nasal sobre a velocidade de crescimento em 474 crianças pré-púberes (5 a 7,5 anos de idade para as meninas e 5-8,5 anos de idade para os meninos) com estadiometria. A média de velocidade de crescimento durante o período de tratamento de 52 semanas foi menor nos pacientes que receberam o furoato de fluticasona (5,19 cm/ano) em comparação com placebo (5,46 cm/ano). A diferença média do tratamento foi -0,27 cm por ano [95% CI -0,48 para -0,06].

    Referências:

    Martin BG, Ratner PH, Hampel FC, et al. Optimal dose selection of fluticasone furoate nasal spray for the treatment of seasonal allergic rhinitis in adults and adolescents. Allergy Asthma Proc 2007;28:216-25.
    Jacobs R., Martin B., Hampel F., Toler W., Ellsworth A., Philpot E. Effectiveness of fluticasone furoate 110 mg once daily in the treatment of nasal and ocular symptoms of seasonal allergic rhinitis in adults and adolescents sensitized to mountain cedar pollen. Current Medical Research and Opinion, Vol. 25, N°. 6, 2009, 1393–1401
    W.J. Fokkens, R. Jogi, S. Reinartz, I. Sidorenko, B. Sitkauskiene and C. van Oene et al., Once daily fluticasone furoate nasal spray is effective in seasonal allergic rhinitis caused by grass pollen, Allergy 62 (9) (2007), pp. 1078–1084.
    H.B. Kaiser, R.M. Naclerio, J. Given, T.N. Toler, A. Ellsworth and E.E. Philpot, Fluticasone furoate nasal spray: a single treatment option for the symptoms of seasonal allergic rhinitis, J Allergy Clin Immunol 119 (6) (2007), pp. 1430–1437.

    Características Farmacológicas


    Mecanismo de ação

    O furoato de fluticasona é um corticosteroide trifluorado sintético que tem afinidade muito grande com o receptor de glicocorticoides e potente ação anti-inflamatória.

    Farmacocinética

    Absorção

    O Furoato de Fluticasona sofre extenso metabolismo de primeira passagem e absorção incompleta no fígado e nos intestinos, o que resulta em exposição sistêmica insignificante. A dosagem intranasal de 110 mcg uma vez ao dia normalmente não gera concentrações plasmáticas mensuráveis (>10 picogramas/mL). A biodisponibilidade absoluta do Furoato de Fluticasona administrado na dose de 880 mcg três vezes ao dia (dose diária total de 2.640 mcg) é de 0,50%. 

    Distribuição

    A ligação do furoato de fluticasona às proteínas plasmáticas é superior a 99%. Sua distribuição é ampla, com um volume de distribuição no estado de equilíbrio de 608 litros em média.

    Metabolismo

    O furoato de fluticasona é rapidamente eliminado (clearance plasmático total de 58,7 litros por hora) da circulação sistêmica, principalmente por metabolismo hepático para um metabólito 17beta-carboxílico inativo (GW694301X), pela enzima CYP3A4 do citocromo P450. A principal via de metabolismo foi a hidrólise da função de S-fluorometil carbotioato para formar o metabólito de ácido 17beta-carboxílico. Estudos in vivo não revelaram nenhuma evidência de clivagem da porção furoato para formar fluticasona.

    Eliminação

    A eliminação ocorre principalmente por via fecal, após administração oral e intravenosa, o que indica excreção do furoato de fluticasona e de seus metabólitos através da bile.

    Após administração intravenosa, a meia-vida da fase de eliminação foi, em média, de 15,1 horas. A excreção urinária contribui, respectivamente, com cerca de 1% e 2% da dose administrada por via oral e intravenosa.

    Populações especiais de pacientes

    Idosos

    Dados farmacocinéticos foram obtidos de um pequeno número de pacientes idosos (n=23/872; 2,6%). Não houve evidências de uma incidência mais alta de pacientes com concentrações quantificáveis de furoato de fluticasona na população de idosos em comparação com indivíduos mais jovens.

    Crianças

    O furoato de fluticasona, de modo geral, não é quantificável (<10 picrogramas/mL) após administração intranasal de 110 mcg uma vez ao dia. Observaram-se níveis quantificáveis em menos de 16% dos pacientes pediátricos após administração intranasal de 110 mcg uma vez ao dia e em menos de 7% dos pacientes pediátricos após o uso de 55 mcg uma vez ao dia. Não houve evidências de uma incidência mais alta de níveis quantificáveis de furoato de fluticasona em crianças mais jovens (menores de 6 anos de idade).

    Insuficiência renal

    O furoato de fluticasona não é detectável na urina de voluntários sadios após administração intranasal. Menos de 1% de material relacionado à dose é eliminado na urina e, portanto, não se espera que a insuficiência renal afete a farmacocinética do furoato de fluticasona.

    Insuficiência hepática

    Não há dados em furoato de fluticasona intranasal em pacientes com insuficiência hepática. Os dados estão disponíveis após administração inalatória de furoato de fluticasona (como furoato de fluticasona ou furoato de fluticasona / vilanterol) para indivíduos com insuficiência hepática que também são aplicáveis para uso intranasal. Um estudo feito com uma dose única de 400 mcg de furoato de fluticasona inalado por via oral em pacientes com insuficiência hepática moderada (Child Pugh B) resultou em aumento de Cmáx (42%) e AUC0- (172%) em comparação com indivíduos sadios. Após a repetição da dose de furoato de fluticasona / vilanterol inalado por via oral por 7 dias, houve um aumento na exposição sistêmica de furoato de fluticasona (Child Pugh B ou C) comparado com indivíduos saudáveis. O aumento na exposição sistêmica de furoato de fluticasona em indivíduos com insuficiência hepática moderada (furoato de fluticasona / vilanterol 200/25 mg) foi associado com uma redução média de 34% no cortisol sérico comparado aos indivíduos saudáveis. Não houve efeito no cortisol sérico de indivíduos com insuficiência hepática grave (furoato de fluticasona / vilanterol 100/12,5mg). Baseado nessas evidências, não se espera que a exposição média prevista de 110 mcg de furoato de fluticasona intranasal nessa população de pacientes, resulte em supressão do cortisol.

    Outros aspectos farmacocinéticos

    O furoato de fluticasona não é normalmente quantificável (menos que 10 picogramas/mL) após administração nasal de 110 microgramas uma vez ao dia. Observaram-se níveis quantificáveis em menos de 31% dos pacientes com 12 anos de idade ou mais e em menos de 16% dos pacientes pediátricos após administração intranasal de 110 mcg uma vez ao dia. Não houve evidências de influência de sexo, idade (incluindo-se pacientes pediátricos) nem de etnia em indivíduos que apresentavam níveis quantificáveis em comparação com aqueles que não tinham concentrações quantificáveis do fármaco.

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