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Sacubitril + Valsartana: bula, para que serve e como usar

Sacubitril + Valsartana é indicado para o tratamento de pacientes adultos com insuficiência cardíaca crônica sintomática (NYHA classe II-IV) com fração de ejeção reduzida.

  • Hipersensibilidade ao princípio ativo, a sacubitril, a valsartana ou a qualquer um dos excipientes;
  • Uso concomitante com inibidores da ECA. Sacubitril + Valsartana não deve ser administrado em até 36 horas após a descontinuação da terapia com inibidor da ECA;
  • História conhecida de angioedema relacionado a terapia anterior com inibidor da ECA ou BRA;
  • Angioedema hereditário ou idiopático;
  • Uso concomitante com alisquireno em pacientes com diabetes Tipo 2;
  • Insuficiência hepática grave, cirrose biliar e colestase;
  • Gravidez.

Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres grávidas.

Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

A dose alvo de Sacubitril + Valsartana é 97 mg/103 mg duas vezes ao dia.

A dose inicial recomendada de Sacubitril + Valsartana é 49 mg/51 mg duas vezes ao dia. Uma dose de início de 24 mg/26 mg duas vezes ao dia é recomendada para pacientes que atualmente não estão tomando um inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA) ou um bloqueador do receptor da angiotensina II (BRA), e deve ser considerada para pacientes que tenham tomado anteriormente baixas doses destes agentes.

A dose de Sacubitril + Valsartana deve ser dobrada a cada 2-4 semanas até atingir a dose alvo de 97 mg/103 mg duas vezes ao dia, conforme tolerada pelo paciente.

Devido ao risco potencial de angioedema quando usado concomitantemente com um inibidor da ECA, Sacubitril + Valsartana não deve ser iniciado em até 36 horas após a descontinuação da terapia com inibidor da ECA.

Sacubitril + Valsartana não deve ser coadministrado com um BRA devido a atividade de bloqueio do receptor de angiotensina II de Sacubitril + Valsartana.

Se os pacientes apresentarem problemas de tolerabilidade (hipotensão sintomática, hipercalemia, disfunção renal), devese considerar o ajuste das medicações concomitantes, ou a titulação decrescente temporária de Sacubitril + Valsartana.

O tratamento não deve ser iniciado em pacientes com nível de potássio sérico >5,4 mmol/L ou com PAS <100 mmHg.

O início da dose de 24 mg/26 mg duas vezes ao dia deve ser considerado em pacientes com PAS ≥100 a 110 mmHg.

Populações especiais

Insuficiência renal

Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal leve (TFGe 60-90 mL/min/1,73 m2). Uma dose inicial de 24 mg/26 mg duas vezes ao dia deve ser considerada em pacientes com insuficiência renal moderada (TFGe 30-60 mL/min/1,73 m2). Como existem dados clínicos limitados em pacientes com insuficiência renal grave (TFGe < 30 mL/min/1,73 m2) Sacubitril + Valsartana deve ser administrado com cuidado e a dose inicial recomendada é de 24 mg/26 mg, duas vezes ao dia.

Não há estudos em pacientes com doença renal em estágio terminal e o uso de Sacubitril + Valsartana nestes pacientes não é recomendado.

Insuficiência hepática

Nenhum ajuste de dose é necessário ao administrar Sacubitril + Valsartana a pacientes com insuficiência hepática leve (Child-Pugh classificação A). Os estudos clínicos são limitados em pacientes com insuficiência hepática moderada (Child-Pugh classificação B) ou com valores de TGO/TGP superiores a duas vezes o limite superior do intervalo normal. Sacubitril + Valsartana deve ser utilizado com cautela nestes pacientes e a dose inicial recomendada é de 24 mg/26 mg, duas vezes ao dia.

Sacubitril + Valsartana é contraindicado em pacientes com insuficiência hepática grave, cirrose biliar ou colestase (Child-Pugh classificação C).

Pacientes pediátricos

A segurança e a eficácia de Sacubitril + Valsartana em pacientes pediátricos com idade abaixo de 18 anos não foi estabelecida.

Pacientes idosos (com mais de 65 anos)

A dose deve estar de acordo com a função renal do paciente idoso.

Método de administração

Para uso oral. Sacubitril + Valsartana pode ser administrado com ou sem alimentos.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

Resumo do perfil de segurança

As reações adversas mais comuns reportadas durante o tratamento com Sacubitril + Valsartana são hipotensão, hipercalemia, e função renal comprometida. Angioedema foi reportado para pacientes tratados com Sacubitril + Valsartana.

A segurança de Sacubitril + Valsartana em pacientes com insuficiência cardíaca crônica foi avaliada no estudo pivotal de fase 3 PARADIGM-HF, que comparou pacientes tratados duas vezes ao dia com Sacubitril + Valsartana 200 mg (n=4.203) ou enalapril 10 mg (n=4.229). Pacientes randomizados para Sacubitril + Valsartana receberam tratamento por até 4,3 anos, com uma duração mediana da exposição de 24 meses; 3.271 pacientes foram tratados por mais de um ano.

No estudo PARADIGM-HF, os indivíduos foram previamente tratados com inibidores da ECA e/ou BRAs e também tiveram que completar com sucesso os períodos sequenciais de enalapril e Sacubitril + Valsartana (exposição mediana dos medicamentos de 15 e 29 dias, respectivamente) antes do estudo randomizado duplo-cego. Durante o período de internação do enalapril, 1.102 pacientes (10.5%) foram permanentemente descontinuados do estudo, 5.6% devido a uma reação adversa, mais comumente disfunção renal (1.7%), hipercalemia (1.7%) e hipotensão (1.4%). Durante o período de execução de Sacubitril + Valsartana, 10,4% dos pacientes foram permanentemente descontinuados, 5,9% devido a uma reação adversa, mais comumente disfunção renal (1,8%), hipotensão (1,7%) e hipercalemia (1,3%).

Devido às descontinuações durante o período de execução, as taxas de reações adversas apresentadas na tabela abaixo podem ser inferiores às taxas de reações adversas esperadas na prática clínica.

A descontinuação da terapia devido a uma reação adversa (RA) no período duplo-cego do estudo PARADIGM-HF ocorreu em 450 pacientes tratados com Sacubitril + Valsartana (10,71%) e em 516 pacientes recebendo enalapril (12,20%). As reações mais comumente associadas com o ajuste de dose ou interrupção do tratamento foram hipotensão, hipercalemia e comprometimento renal.

Lista das reações adversas

As reações adversas ao medicamento são classificadas por Classe de Sistemas de Órgãos e então por frequência, com as mais frequentes primeiro, usando a seguinte convenção: muito comum (≥ 1/10); comum (≥ 1/100 a < 1/10); incomum (≥ 1/1.000 a < 1/100); rara (≥ 1/10.000 a <1/1.000); muito rara (< 1/10.000), incluindo relatos isolados. Dentro de cada agrupamento de frequência, as reações adversas são classificadas em ordem decrescente de gravidade.

Tabela 2 – Lista das reações adversas

Reações adversas ao medicamentoTermo preferidoCategoria de frequência
Distúrbios do sangue e sistema linfáticoAnemiaComum
Distúrbios do sistema imunológicoHipersensibilidadeIncomum
Distúrbios do metabolismo e nutriçãoHipercalemia*Muito comum
HipocalemiaComum
HipoglicemiaComum
Distúrbios do sistema nervosoTonturaComum
CefaleiaComum
SíncopeComum
Tontura posturalIncomum
Distúrbios do ouvido e labirintoVertigemComum
Distúrbios vascularesHipotensão*Muito comum
Hipotensão ortostáticaComum
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinalTosseComum
Distúrbios gastrintestinaisDiarreiaComum
NáuseaComum
GastriteComum
Distúrbios cutâneos e do tecido subcutâneoPruridoIncomum
Erupção cutâneaIncomum
Angioedema*Incomum
Distúrbios renais e urináriosInsuficiência renal*Muito comum
Falência renal (falência renal, falência renal aguda)Comum
Distúrbios gerais e condições do local de administraçãoFadigaComum
AsteniaComum

*Ver descrição da reação adversa selecionada.

Reações adversas de relatos espontâneos e casos de literatura (frequência desconhecida)

As seguintes reações adversas foram derivadas da experiência pós-comercialização de Sacubitril + Valsartana através de relatos de
casos espontâneos e casos de literatura. Como essas reações são relatadas voluntariamente a partir de uma população
de tamanho incerto, não é possível estimar de forma confiável sua frequência, o que é categorizado como não
conhecido. As reações adversas a medicamentos são listadas de acordo com a classe de sistemas de órgãos MedDRA.

Tabela 3 – Reações adversas de relatos espontâneos e casos de literatura (frequência desconhecida)

Reações adversas ao medicamentoTermo preferido
Distúrbios do sistema imunológicoHipersensibilidade (incluindo erupção cutânea, prurido e anafilaxia

Descrição das reações adversas selecionadas

Angioedema

Angioedema foi relatado em pacientes tratados com Sacubitril + Valsartana. No estudo PARADIGM-HF, angiodema foi relatado em 0,5% dos pacientes tratados com Sacubitril + Valsartana, comparado com 0,2% dos pacientes tratados com enalapril. Foi observada uma alta incidência de angioedema em pacientes negros tratados com Sacubitril + Valsartana (2,4%) e enalapril (0,5%).

Hipercalemia e potássio sérico

No estudo PARADIGM-HF, a hipercalemia e a concentração de potássio sérico >5,4 mmol/L foram relatadas em 11,6% e 19,7% em pacientes tratados com Sacubitril + Valsartana e 14,0% e 21,1% nos pacientes tratados com enalapril, respectivamente.

Pressão arterial

No estudo PARADIGM-HF, a hipotensão e a diminuição clinicamente relevante da pressão arterial sistólica (<90mmHg e redução do valor basal de >20mmHg) foram relatados em 17,6% e 4,76% em pacientes tratados com Sacubitril + Valsartana comparada a 11,9% e 2,67% nos pacientes tratados com enalapril, respectivamente.

Insuficiência renal

No estudo PARADIGM-HF, insuficiência renal foi relatada em 10,1% nos pacientes tratados com Sacubitril + Valsartana e 11,5% nos pacientes tratados com enalapril.

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Há dados limitados disponíveis em relação à superdose em indivíduos humanos com Sacubitril + Valsartana. Em voluntários saudáveis, uma dose única de Sacubitril + Valsartana 583 mg/617 mg e doses múltiplas de 437 mg/463 mg (14 dias) foram estudadas e foram bem toleradas.

Hipotensão é o sintoma mais provável de superdose, devido aos efeitos redutores da pressão arterial de Sacubitril + Valsartana.

Tratamento sintomático deve ser fornecido.

É improvável que Sacubitril + Valsartana seja removido por hemodiálise devido à alta ligação a proteínas.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Bloqueio duplo do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona (SRAA)

  • Sacubitril + Valsartana não deve ser administrado com um inibidor da ECA devido ao risco de angioedema. Sacubitril + Valsartana não deve ser iniciado em até 36 horas após tomar a última dose da terapia com inibidor da ECA. Se o tratamento com Sacubitril + Valsartana for interrompido, a terapia com inibidor da ECA não deve ser iniciada em até 36 horas após a última dose de Sacubitril + Valsartana;
  • É necessário cautela ao coadministrar Sacubitril + Valsartana com inibidores diretos da renina, como alisquireno. Sacubitril + Valsartana não deve ser administrado com alisquireno em pacientes com diabetes Tipo 2;
  • Sacubitril + Valsartana não deve ser coadministrado com um BRA devido à atividade de bloqueio do receptor de angiotensina II de Sacubitril + Valsartana.

Hipotensão

Casos de hipotensão sintomática foram relatados em pacientes tratados com Sacubitril + Valsartana durante estudos clínicos, especialmente em pacientes ≥ 65 anos, pacientes com doença renal e pacientes com PAS baixa (< 112 mmHg). Quando iniciada a terapia ou durante a dosagem com Sacubitril + Valsartana, deve-se monitorar rotineiramente a pressão arterial. Se ocorrer hipotensão, deve-se considerar o ajuste da dose de diuréticos, o uso de medicamentos anti-hipertensivos concomitantes e o tratamento de outras causas de hipotensão (p.ex.: hipovolemia). Se a hipotensão persistir apesar de tais medidas, a dose de Sacubitril + Valsartana deve ser reduzida ou o medicamento deve ser temporariamente descontinuado. Normalmente não é necessária a descontinuação permanente da terapia. A hipotensão sintomática tem uma probabilidade maior de ocorrer se o paciente sofreu depleção de volume, p.ex.: por terapia com diurético, restrição dietética de sal, diarreia ou vômitos. A depleção de sódio e/ou volume devem ser corrigidos antes do início do tratamento com Sacubitril + Valsartana.

Função renal comprometida

A avaliação de pacientes com insuficiência cardíaca deve sempre incluir a avaliação da função renal. Pacientes com insuficiência renal leve e moderada têm mais riscos de desenvolver hipotensão. Os estudos clínicos em pacientes com insuficiência renal grave (TFG estimado <30mL/min/1,73 m2) são limitados e estes pacientes podem apresentar maior risco de hipotensão. Não há estudos em pacientes com doença renal em estágio terminal, portanto o uso de Sacubitril + Valsartana não é recomendado.

Piora da função renal

O uso de Sacubitril + Valsartana pode estar associado com função renal diminuída. O risco pode ser ainda maior quando há desidratação ou uso concomitante de anti-inflamatório não esteroidal (AINES) (vide “Interações medicamentosas”). A redução de dose deve ser considerada em pacientes que desenvolvem diminuição clinicamente significativa da função renal.

Hipercalemia

Como para qualquer medicamento que age no sistema renina-angiotensina-aldosterona, o uso de Sacubitril + Valsartana pode estar associado a um risco elevado de hipercalemia. No estudo PARADIGM- HF, a incidência de hipercalemia clinicamente relevante foi baixa, resultando em descontinuação do tratamento em 0,26% de pacientes tratados com Sacubitril + Valsartana em comparação com 0,35% de pacientes tratados com enalapril. Medicações que são conhecidas por aumentar os níveis de potássio (p.ex.: diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio) devem ser usadas com cuidado na coadministração com Sacubitril + Valsartana. Se ocorrer hipercalemia clinicamente significativa, medidas como a redução do potássio da dieta ou ajuste da dose de medicações concomitantes devem ser consideradas. O monitoramento de potássio sérico é recomendado especialmente em pacientes com fatores de risco como insuficiência renal grave, diabetes mellitus, hipoaldosteronismo ou que estejam recebendo uma dieta rica em potássio e em pacientes idosos.

Angioedema

Angioedema foi relatado em pacientes tratados com Sacubitril + Valsartana. Se ocorrer angioedema, Sacubitril + Valsartana deve ser descontinuado imediatamente e devem ser fornecidos terapia e monitoramento adequados até que ocorra a resolução completa e sustentada dos sinais e sintomas. Sacubitril + Valsartana não deve ser administrado novamente. Em casos de angioedema confirmado onde o inchaço estava confinado à face e lábios, a condição geralmente se resolveu sem tratamento, embora anti-histamínicos tenham sido úteis no alívio de sintomas.

Angioedema associado a edema de laringe pode ser fatal. Onde há envolvimento da língua, glote ou laringe, com probabilidade de causar obstrução das vias aéreas, devem ser prontamente administradas terapia adequada, p.ex.: solução subcutânea de epinefrina/adrenalina 1:1000 (0,3 mL a 0,5 mL) e/ou medidas necessárias para garantir vias aéreas patentes.

Pacientes com uma história anterior de angioedema não foram estudados. Como eles podem estar em risco mais alto de angioedema, recomenda-se cautela se Sacubitril + Valsartana for usado nestes pacientes. Sacubitril + Valsartana não deve ser usado em pacientes com uma história conhecida de angioedema relacionado à terapia anterior com inibidor da ECA ou BRA, ou em pacientes com angioedema hereditário.

Pacientes negros podem ter maior suscetibilidade para desenvolver angioedema.

Pacientes com estenose da artéria renal

Semelhante a outros medicamentos que afetam o sistema renina-angiotensina-aldosterona, Sacubitril + Valsartana pode elevar os níveis de ureia sanguínea e creatinina sérica em pacientes com estenose da artéria renal bilateral ou unilateral. É necessário cuidado no uso em pacientes com estenose da artéria renal, e é recomendado o monitoramento da função renal.

Mulheres com potencial para engravidar (e medidas contraceptivas, se aplicáveis)

Mulheres com potencial para engravidar devem – ser avisadas sobre as consequências da exposição ao Sacubitril + Valsartana durante a gravidez. Recomenda-se a utilização de contracepção durante o tratamento com Sacubitril + Valsartana e por 1 semana após sua última dose.

Gravidez

Assim como para outros medicamentos que também agem diretamente no SRAA, Sacubitril + Valsartana não deve ser usado durante a gravidez. Sacubitril + Valsartana exerce seus efeitos através do antagonismo à angiotensina II. Como resultado, um risco ao feto não pode ser excluído. Houve relatos de dano ao feto em desenvolvimento (p.ex.: aborto espontâneo, oligohidrâmnio e disfunção renal do recém-nascido), quando mulheres grávidas tomaram valsartana.

Pacientes devem ser orientados a procurar seu médico e descontinuar o uso de Sacubitril + Valsartana assim que a gravidez for detectada.

Amamentação

Não se sabe se Sacubitril + Valsartana é excretado no leite humano. Os componentes de Sacubitril + Valsartana, sacubitril e valsartana, foram excretados no leite de ratas lactantes. Por causa do risco potencial para reações adversas ao medicamento em recém-nascidos/bebês lactentes, Sacubitril + Valsartana não é recomendado durante a amamentação. Deve ser tomada uma decisão de se abster da amamentação ou de descontinuar Sacubitril + Valsartana enquanto amamenta, levando-se em consideração a importância de Sacubitril + Valsartana para a mãe.

Fertilidade

Não há dados disponíveis sobre o efeito de Sacubitril + Valsartana na fertilidade humana. Nenhum comprometimento da fertilidade foi demonstrado em estudos com Sacubitril + Valsartana em ratos machos e fêmeas.

Efeitos na habilidade de dirigir veículos e operar máquinas

Não foram realizados estudos sobre efeitos na habilidade de dirigir veículos. Ao dirigir veículos ou operar máquinas deve-se levar em consideração que pode ocorrer tonturas.

Resultados de Eficácia


As concentrações 24 mg/26 mg, 49 mg/51 mg e 97 mg/103 mg são referenciadas em algumas publicações como 50 mg, 100 mg e 200 mg, respectivamente.

PARADIGM-HF

PARADIGM-HF foi um estudo multinacional, randomizado, duplo-cego, com 8.442 pacientes1. Comparando Sacubitril + Valsartana com enalapril, ambos administrados a pacientes adultos com insuficiência cardíaca crônica, classe II – IV da NYHA e fração de ejeção reduzida (fração de ejeção ventricular esquerda [FEVE] ≤ 40%, posteriormente alterada para ≤ 35%), além de outra terapia para insuficiência cardíaca2. O desfecho primário foi o composto de morte cardiovascular (CV) ou hospitalização por insuficiência cardíaca (HF)3.

Antes da participação no estudo, os pacientes foram bem tratados com a terapia padrão, que incluiu inibidores no estudo, os pacientes foram bem tratados com a terapia padrão, que incluiu inibidores de ECA/BRAs (> 99%), betabloqueadores (94%), antagonistas mineralocorticoides (58%) e diuréticos (83%)4. A duração mediana do acompanhamento foi de 27 meses e os pacientes foram tratados por até 4,3 anos5.

Os pacientes precisavam descontinuar sua terapia atual com inibidor da ECA ou BRA e entrar em um período de introdução (run-in) simples-cego sequencial durante o qual receberam tratamento com enalapril 10 mg duas vezes ao dia, seguido pelo tratamento com Sacubitril + Valsartana 100 mg duas vezes ao dia, aumentando para 200 mg duas vezes ao dia2. Os pacientes foram então randomizados para o período duplo-cego do estudo para receber Sacubitril + Valsartana 200 mg ou enalapril 10 mg duas vezes ao dia [Sacubitril + Valsartana (n=4.209); enalapril (n=4.233) ]1.

A idade média da população estudada foi de 64 anos e 19% tinham 75 anos ou mais. Na randomização, 70% dos pacientes eram classe II e 25% eram Classe III/IV da NYHA6. A FEVE média foi de 29% e houve 963 (11,4%) pacientes com FEVE basal de > 35% e ≤ 40%. No grupo Sacubitril + Valsartana, 76% dos pacientes permaneceram na dose alvo de 200 mg duas vezes ao dia no final do estudo (dose média diária de 375 mg). No grupo enalapril, 75% dos pacientes permaneceram na dose alvo de 10 mg duas vezes ao dia no final do estudo (dose média diária de 18,9 mg)7.

Sacubitril + Valsartana demonstrou superioridade clinicamente relevante e estatisticamente significativa em relação ao enalapril, reduzindo o risco de morte cardiovascular ou hospitalizações por insuficiência cardíaca em 20% (razão de risco (RR):

0,80, IC 95% [0,73; 0,87], p unicaudal =0,0000002) versus enalapril 8. Este efeito foi observado inicialmente e foi sustentado ao longo da duração do estudo 9. A redução absoluta do risco foi de 4,69%10. Uma redução estatisticamente significativa para morte CV e primeira hospitalização HF foi observada (morte CV, RRR 20%, RR 0,80; IC 95% [0,71, 0,89], p unicaudal= 0,00004; e hospitalização por insuficiência cardíaca RRR 21%; RR 0,79; IC 95% [0,71, 0,89], p unicaudal= 0,00004)8; vide Tabela 1 e figura 1. Morte súbita foi responsável por 45% das mortes cardiovasculares e foi reduzida em 20% nos pacientes tratados com Sacubitril + Valsartana em comparação com pacientes tratados com enalapril (RR 0,80, p= 0,0082)11. Falência cardiaca foi responsável por 26% das mortes cardiovasculares e foi reduzida em 21% nos pacientes tratados com Sacubitril + Valsartana em comparação com pacientes tratados com enalapril (RR 0,79, p= 0,0338)12.

Esta redução de risco foi observada consistentemente entre subgrupos incluindo: idade, gênero, raça, geografia, classe NYHA, fração de ejeção, função renal, história de diabetes ou hipertensão, terapia anterior para insuficiência cardíaca e fibrilação atrial13.

Sacubitril + Valsartana também reduziu significativamente a mortalidade por todas as causas em 16% em comparação com enalapril (RRR 16%, RR 0,84; IC 95% [0,76 a 0,93], p unicaudal=0,0005) (Tabela 1). A redução absoluta de risco foi de 2,84%14.

Tabela 1 – Efeito do tratamento para o desfecho composto primário, seus componentes e mortalidade por todas as causas8

Sacubitril + Valsartana
N = 4187
n (%)
enalapril
N = 4212
n (%)
Razão de Risco
(IC 95%)
Redução de Risco RelativaValor p***
Desfecho Composto Primário de Morte CV e Hospitalizações por Insuficiência Cardíaca*914
(21,83)
1117
(26,52)
0,80 (0,73,
0,87)
20%0,0000002
Componentes individuais do desfecho composto primário
Morte CV **558
(13,33)
693 (16,45)0,80 (0,71, 0,89)20%0,00004
Primeira Hospitalização por Insuficiência Cardíaca537
(12,83)
658 (15,62)0,79 (0,71, 0,89)21%0,00004
Desfecho secundário
Mortalidade por todas as causas 14711
(16,98)
835 (19,82)0,84 (0,76, 0,93)16%0,0005

* O desfecho primário foi definido como o período até o primeiro evento.
** Morte CV inclui todos os pacientes que morreram até a data de corte independentemente de hospitalização anterior.
*** Valor p unicaudal.
Conjunto completo de análise.

O Kaplan-Meier apresentado na figura abaixo (esquerda) mostra o tempo até a primeira ocorrência do desfecho composto primário de morte CV ou hospitalização por insuficiência cardíaca. O efeito do tratamento com Sacubitril + Valsartana foi evidente inicialmente e sustentado pela duração do estudo. A figura Kaplan-Meier apresentada abaixo (direita) mostra o tempo até o desfecho morte CV.

Figura 1 – Curvas Kaplan-Meier para o desfecho composto primário e o componente morte CV 9, 15

Em geral, houve menos hospitalizações por todas as causas em pacientes tratados com Sacubitril + Valsartana em comparação com enalapril, incluindo uma redução no risco relativo de 12% para a primeira hospitalização (RR 0,88 [IC 95%: 0,82, 0,94], P<0,001), e uma redução da taxa relativa de 16% para o número total de hospitalizações (RR 0,84 [IC 95%: 0,78, 0,91], P<0,001)16, 17.

Sacubitril + Valsartana demonstrou uma pontuação de dados clínicos significativamente melhor para os domínios relacionados a sintomas de HF e limitações físicas avaliadas pelo Kansas City Cardiomyopathy Questionnaire (KCCQ) [Questionário de Cardiomiopatia de Kansas City], um questionário autoadministrado18. Mais pacientes melhoraram a classe funcional do NYHA do baseline até o Mês 8 com Sacubitril + Valsartana (16%) em comparação com enalapril (14%) e menos pacientes apresentaram piora na classe funcional do NYHA (10% vs 13%, respectivamente)19.

TITRATION

TITRATION foi um estudo de 12 semanas de segurança e tolerabilidade em 538 pacientes com insuficiência cardíaca crônica (NYHA classe II – IV) e disfunção sistólica (fração de ejeção ventricular esquerda ≤ 35%) virgens de terapia com inibidor da ECA ou BRA ou estavam recebendo doses variáveis de inibidores da ECA ou BRAs antes da entrada no estudo20,21. Os pacientes começaram com Sacubitril + Valsartana 50 mg duas vezes ao dia, fizeram titulação crescente para 100 mg duas vezes ao dia e então para a dose alvo de 200 mg duas vezes ao dia com um regime de 3 semanas ou 6 semanas21.

Em geral, 76% dos pacientes atingiram e mantiveram a dose alvo de Sacubitril + Valsartana 200 mg duas vezes ao dia sem nenhuma interrupção da dose ou titulação decrescente ao longo de 12 semanas22. Mais pacientes que eram virgens de terapia anterior com inibidor da ECA ou BRA ou estavam recebendo terapia de baixa dose (equivalente a < 10 mg de enalapril/dia) conseguiram atingir e manter Sacubitril + Valsartana 200 mg quando a titulação ascendente foi feita em 6 semanas versus 3 semanas23.

PARAMOUNT

PARAMOUNT, um estudo randomizado, duplo-cego, em pacientes com fração de ejeção ventricular esquerda ≥ 45%, comparando 200 mg de Sacubitril + Valsartana (n=149) com 160 mg de valsartana (n=152) duas vezes ao dia, demonstrou redução estatisticamente maior (p= 0,0050) em NT pro-BNP desde o período basal até a Semana 1224,25,26. A redução desde o período basal em NT-proBNP foi semelhante nas Semanas 12 e 36 em pacientes tratados com Sacubitril + Valsartana, enquanto o NT-proBNP diminuiu desde a Semana 12 a 36 em pacientes tratados com valsartana27. Reduções significativas no tamanho atrial esquerdo, tanto do volume atrial esquerdo indexado (p=0,0069) como na dimensão atrial esquerda (p=0,0337) foram observadas na Semana 3628. Uma melhora estatisticamente significativa na classe NYHA foi observada na Semana 36 (p=0,0488)29.

Dados de segurança pré-clínicos

Estudos de segurança pré-clínicos conduzidos com Sacubitril + Valsartana incluíram a avaliação de farmacologia de segurança, toxicidade de doses repetidas, genotoxicidade, carcinogenicidade e toxicidade reprodutiva e do desenvolvimento; Sacubitril + Valsartana não apresentou efeitos adversos nos sistemas orgânicos vitais. A maioria dos achados observados nos estudos de toxicidade repetida foi reversível e atribuível à farmacologia do bloqueio do receptor AT1.

Carcinogenicidade, mutagênese e toxicidade genética

Estudos de carcinogenicidade conduzidos em camundongos e ratos com sacubitril e valsartana não identificaram nenhum potencial carcinogênico para Sacubitril + Valsartana. As doses de sacubitril estudadas (alta dose de 1.200 e 400 mg/kg/dia em camundongos e ratos, respectivamente) foram cerca de 29 e 19 vezes, respectivamente, a dose humana máxima recomendada (DHMR) em uma base mg/m2. As doses de valsartana estudadas (alta dose de 160 e 200 mg/kg/dia em camundongos e ratos, respectivamente) foram cerca de 4 e 10 vezes, respectivamente, a dose humana máxima
recomendada em uma base mg/m2. Estudos de mutagenicidade e clastogenicidade conduzidos com Sacubitril + Valsartana, sacubitril e valsartana não revelaram nenhum efeito em nível genético ou cromossômico.

Fertilidade, reprodução e desenvolvimento

Sacubitril + Valsartana não apresentou nenhum efeito na fertilidade ou desenvolvimento embrionário inicial em ratos em uma dose de até 150 mg/kg/dia (≤1,0 vez e ≤0,18 vez a DHMR com base na AUC de valsartana e sacubitrilato, respectivamente).

O tratamento com Sacubitril + Valsartana durante a organogênese resultou em letalidade embriofetal elevada em ratos a doses ≥100 mg/kg/dia [≤0,72 vez a DHMR com base na AUC] e coelhos a doses ≥10 mg/kg/dia [2 vezes e 0,03 vez a DHMR com base na AUC de valsartana e sacubitrilato, respectivamente]. Sacubitril + Valsartana é teratogênico com base em uma baixa incidência de hidrocefalia fetal, associada a doses maternalmente tóxicas, que foi observada em coelhos a uma dose de Sacubitril + Valsartana ≥10 mg/kg/dia. Os efeitos embriofetais adversos de Sacubitril + Valsartana são atribuídos à atividade do antagonista do receptor de angiotensina (vide “Quais cuidados devo ter ao usar o Sacubitril + Valsartana? – Mulheres com potencial para engravidar (e medidas contraceptivas, se aplicáveis), Gravidez, Amamentação e Fertilidade”).

Estudos de desenvolvimento pré e pós-natal em ratos, conduzidos com sacubitril a doses de até 750 mg/kg/dia [2,2 vezes a DHMR com base na AUC] e valsartana a doses de até 600 mg/kg/dia [0,86 vez a DHMR com base na AUC] indicam que o tratamento com Sacubitril + Valsartana durante a organogênese, gestação e lactação podem afetar o desenvolvimento e sobrevida dos filhotes.

Outros achados pré-clínicos

Os efeitos de Sacubitril + Valsartana nas concentrações de beta amiloide no líquido cefalorraquidiano (LCR) e tecido cerebral foram avaliados em macacos cynomolgus jovens (2 a 4 anos) tratados com Sacubitril + Valsartana (50 mg/kg/dia) por 2 semanas. Neste estudo, Sacubitril + Valsartana apresentou um efeito farmacodinâmico no clearance (depuração) de A no LCR em macacos cynomolgus, elevando os níveis de A-beta 1-40, 1-42 e 1-38 no LCR; não houve uma elevação correspondente nos níveis de A-beta no cérebro. Elevações no A-beta 1-40 e 1-42 no LCR não foram observados em um estudo com voluntários saudáveis de 2 semanas em humanos.

Referências bibliográficas

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6. [Study LCZ696B2314 report (2014)] : A multicenter, randomized, double-blind, parallel group, active-controlled study to evaluate the efficacy and safety of LCZ696 compared to enalapril on morbidity and mortality in patients with chronic heart failure (HF) and reduced ejection fraction. Table 14.1- 3.1 [93].
7. [Study LCZ696B2314 report (2014)] : A multicenter, randomized, double-blind, parallel group, active-controlled study to evaluate the efficacy and safety of LCZ696 compared to enalapril on morbidity and mortality in patients with chronic heart failure (HF) and reduced ejection fraction. Table 14.3- 1.9 [66].
8. [Study LCZ696B2314 report (2014)] : A multicenter, randomized, double-blind, parallel group, active-controlled study to evaluate the efficacy and safety of LCZ696 compared to enalapril on morbidity and mortality in patients with chronic heart failure (HF) and reduced ejection fraction. Table 14.2- 1.1.post.14 [94].
9. [Study LCZ696B2314 report (2014)] : A multicenter, randomized, double-blind, parallel group, active-controlled study to evaluate the efficacy and safety of LCZ696 compared to enalapril on morbidity and mortality in patients with chronic heart failure (HF) and reduced ejection fraction. Figure14.2- 1.2 [98].
10. [Clinical Overview] 2.5- EU 2.5 Table 4-1 [62].
11. [Summary of Clinical Efficacy] 2.7.3- EU 2.7.3 Appendix 1 Table 14.2- 1.5 [78].
12. [Summary of Clinical Efficacy] 2.7.3- EU 2.7.3 Appendix 1 Table 14.2- 1.4 [77].
13. [Study LCZ696B2314 report (2014)] : A multicenter, randomized, double-blind, parallel group, active-controlled study to evaluate the efficacy and safety of LCZ696 compared to enalapril on morbidity and mortality in patients with chronic heart failure (HF) and reduced ejection fraction. Figure 11-6 [96].
14. [Study LCZ696B2314 report (2014)] : A multicenter, randomized, double-blind, parallel group, active-controlled study to evaluate the efficacy and safety of LCZ696 compared to enalapril on morbidity and mortality in patients with chronic heart failure (HF) and reduced ejection fraction. Table 14.2- 2.1 [97].
15. [Study LCZ696B2314 report (2014)] : A multicenter, randomized, double-blind, parallel group, active-controlled study to evaluate the efficacy and safety of LCZ696 compared to enalapril on morbidity and mortality in patients with chronic heart failure (HF) and reduced ejection fraction. Figure 14.2- 1.2.1 [99].
16. [Study LCZ696B2314 report (2014)] : A multicenter, randomized, double-blind, parallel group, active-controlled study to evaluate the efficacy and safety of LCZ696 compared to enalapril on morbidity and mortality in patients with chronic heart failure (HF) and reduced ejection fraction. Table 14.2- 3.2 [100].
17. [Study LCZ696B2314 report (2014)] : A multicenter, randomized, double-blind, parallel group, active-controlled study to evaluate the efficacy and safety of LCZ696 compared to enalapril on morbidity and mortality in patients with chronic heart failure (HF) and reduced ejection fraction. Table 14.2-3. 5 [101].
18. [Study LCZ696B2314 report (2014)] : A multicenter, randomized, double-blind, parallel group, active-controlled study to evaluate the efficacy and safety of LCZ696 compared to enalapril on morbidity and mortality in patients with chronic heart failure (HF) and reduced ejection fraction. Table 14.2- 2.4 [102].
19. [Study LCZ696B2314 report (2014)] : A multicenter, randomized, double-blind, parallel group, active-controlled study to evaluate the efficacy and safety of LCZ696 compared to enalapril on morbidity and mortality in patients with chronic heart failure (HF) and reduced ejection fraction. Table 14.2- 3.19.post.01 [103].
20. [Study LCZ696B2228 report (2014)] A multicenter, randomized, double-blind, parallel group study to assess the safety and tolerability of initiating LCZ696 in heart failure patients comparing two titration regimens. Section 10.1 [104].
21. [Study LCZ696B2228 report (2014)] A multicenter, randomized, double-blind, parallel group study to assess the safety and tolerability of initiating LCZ696 in heart failure patients comparing two titration regimens. Section 9 [105].
22. [Study LCZ696B2228 report (2014)] A multicenter, randomized, double-blind, parallel group study to assess the safety and tolerability of initiating LCZ696 in heart failure patients comparing two titration regimens. Table 14.2-2.8 [106].
23. [Study LCZ696B2228 report (2014)] A multicenter, randomized, double-blind, parallel group study to assess the safety and tolerability of initiating LCZ696 in heart failure patients comparing two titration regimens. Table 14.2-2.1 [107].
24. [Study LCZ696B2214 report (2013)] A 36-Week, randomized, double-blind, multi-center, parallel group, active controlled study to evaluate the efficacy, safety and tolerability of LCZ696 compared to valsartan in patients with CHF and preserved leftventricular ejection fraction Table10-1 [30].
25. [Study LCZ696B2214 report (2013)]: A 36-Week, randomized, double-blind, multi-center, parallel group, active controlled study to evaluate the efficacy, safety and tolerability of LCZ696 compared to valsartan in patients with CHF and preserved leftventricular ejection fraction. Table 14.2- 1.1 [73].
26. [Study LCZ696B2214 report (2013)]: A 36-Week, randomized, double-blind, multi-center, parallel group, active controlled study to evaluate the efficacy, safety and tolerability of LCZ696 compared to valsartan in patients with CHF and preserved leftventricular ejection fraction. Section 9.1 [76].
27. [Study LCZ696B2214 report (2013)] A 36-Week, randomized, double-blind, multi-center, parallel group, active controlled study to evaluate the efficacy, safety and tolerability of LCZ696 compared to valsartan in patients with CHF and preserved leftventricular ejection fraction Figure 11.1 [109].
28. [Study LCZ696B2214 report (2013)] A 36-Week, randomized, double-blind, multi-center, parallel group, active controlled study to evaluate the efficacy, safety and tolerability of LCZ696 compared to valsartan in patients with CHF and preserved leftventricular ejection fraction Table 14.2- 4.1c ext. [110].
29. [Study LCZ696B2214 report (2013)] A 36-Week, randomized, double-blind, multi-center, parallel group, active controlled study to evaluate the efficacy, safety and tolerability of LCZ696 compared to valsartan in patients with CHF and preserved leftventricular ejection fraction Table 14.2- 5.1a ext. [111].

Características Farmacológicas


Mecanismo de ação

Sacubitril + Valsartana exibe um mecanismo de ação inovador de um inibidor de neprilisina e do receptor da angiotensina (ARNI) inibindo simultaneamente a neprilisina (endopeptidase neutra; NEP) através do sacubitrilato, o metabólito ativo do pró-fármaco sacubitril, e bloqueando o receptor da angiotensina II tipo-1 (AT1) através da valsartana. Os benefícios cardiovasculares complementares e efeitos renais de Sacubitril + Valsartana em pacientes com insuficiência cardíaca são atribuídos ao aumento dos peptídeos que são degradados pela neprilisina, como peptídeos natriuréticos (PN), pelo sacubitrilato e a inibição simultânea dos efeitos deletérios da angiotensina II pela valsartana. Os PNs exercem seus efeitos ativando receptores de guanilil ciclase acoplados à membrana, resultando em concentrações elevadas do segundo mensageiro guanosina monofosfato cíclica (cGMP), promovendo assim vasodilatação, natriurese e diurese, aumento da taxa de filtração glomerular e fluxo sanguíneo renal, inibição da liberação de renina e aldosterona, redução da atividade simpática e efeitos anti-hipertróficos e antifibróticos. A ativação contínua do sistema renina-angiotensina-aldosterona resulta em vasoconstrição, retenção de sódio renal e de fluidos, ativação de crescimento e proliferação celular e subsequente remodelagem cardiovascular de má adaptação. A valsartana inibe os efeitos cardiovasculares e renais prejudiciais da angiotensina II bloqueando seletivamente o receptor AT1 e também inibe a liberação de aldosterona dependente da angiotensina II.

Farmacodinâmica

Os efeitos farmacodinâmicos de Sacubitril + Valsartana foram avaliados após administrações de doses únicas e múltiplas a indivíduos saudáveis e a pacientes com insuficiência cardíaca, e são consistentes com inibição da neprilisina e bloqueio do SRAA simultâneos. Em um estudo controlado de valsartana de 7 dias em pacientes com fração de ejeção (HFrEF) reduzida, a administração de Sacubitril + Valsartana resultou em uma elevação não sustentada significativa na natriurese, aumento do cGMP na urina e MR-proANP e NT-proBNP plasmáticos diminuídos em comparação com valsartana. Em um estudo de 21 dias em pacientes HFrEF, Sacubitril + Valsartana aumentou significativamente a ANP e cGMP na urina e cGMP no plasma, e diminuiu NT- proBNP, aldosterona e endotelina-1 no plasma em comparação com o período basal. Sacubitril + Valsartana também bloqueou o receptor AT1 como evidenciado pela atividade aumentada da renina plasmática e concentrações de renina plasmática. No PARADIGM-HF, Sacubitril + Valsartana diminuiu NT-proBNP no plasma e aumentou BNP no plasma e cGMP na urina em comparação com enalapril. Ao passo que BNP é um substrato da neprilisina, NT-proBNP não é, portanto, NTproBNP (mas não BNP) é um biomarcador adequado para o monitoramento de pacientes com insuficiência cardíaca tratados com Sacubitril + Valsartana.

Em um estudo clínico de QTc detalhado em indivíduos saudáveis do sexo masculino, doses únicas de 194 mg/206 mg e 583 mg/617 mg de Sacubitril + Valsartana não apresentaram efeito na repolarização cardíaca.

A neprilisina é uma das múltiplas enzimas envolvidas no clearance (depuração) de beta-amiloide (A-beta) do cérebro e líquido cefalorraquidiano (LCR). A administração de Sacubitril + Valsartana 400 mg uma vez ao dia por 2 semanas a voluntários saudáveis foi associada a uma elevação no LCR A-beta 1-38 em comparação com placebo; não houve alterações nas concentrações de LCR A-beta 1-40 e 1-42. A relevância clinica deste achado é desconhecida.

Farmacocinética

Absorção

Após a administração oral, Sacubitril + Valsartana se dissocia em sacubitril e valsartana. Sacubitril é posteriormente metabolizado em LBQ657 (sacubitrilato). Sacubitril, sacubitrilato e valsartana atingem as concentrações plasmáticas máximas em 0,5 hora, 2 horas e 1,5 hora, respectivamente. Estima-se que a biodisponibilidade oral absoluta de sacubitril e valsartana seja ≥ 60% e 23%, respectivamente.

A valsartana de Sacubitril + Valsartana é mais biodisponível que a valsartana em outras formulações de comprimidos comercializadas; 26 mg, 51 mg, e 103 mg de valsartana no Sacubitril + Valsartana é equivalente a 40 mg, 80 mg, e 160 mg de valsartana nas formulações de comprimidos comercializadas, respectivamente. Considere a biodisponibilidade aumentada da valsartana em Sacubitril + Valsartana quando da substituição de outras formulações comercializadas devalsartana.

Após administrações duas vezes ao dia de Sacubitril + Valsartana, os níveis no estado de equilíbrio de sacubitril, sacubitrilato e valsartana são atingidos em 3 dias. No estado de equilíbrio, sacubitril e valsartana não se acumulam significativamente, enquanto sacubitrilato se acumula em 1,6 vezes. A administração de Sacubitril + Valsartana com alimentos não tem impacto clinicamente significativo nas exposições sistêmicas de sacubitril, sacubitrilato e valsartana. Embora haja uma diminuição na exposição de valsartana quando Sacubitril + Valsartana é administrado com alimentos, essa diminuição não é acompanhada por uma redução clinicamente significativa no efeito terapêutico. Sacubitril + Valsartana pode, portanto, ser administrado com ou sem alimentos.

Distribuição

Sacubitril + Valsartana é altamente ligado às proteínas plasmáticas (94% – 97%). Com base na comparação do plasma e das exposições de LCR, sacubitrilato cruza a barreira hematoencefálica em um grau limitado (0,28%). Sacubitril + Valsartana tem um volume de distribuição aparente variando de 75 L a 103 L.

Biotransformação / metabolismo

O sacubitril é prontamente convertido a sacubitrilato por esterases; sacubitrilato não é metabolizado adicionalmente em um grau significativo. A valsartana é minimamente metabolizada, já que apenas 20% da dose é recuperada como metabólitos. Um metabólito hidroxil foi identificado noplasma em baixas concentrações (< 10%). Já que o metabolismo mediado pela enzima CYP450 de sacubitril e valsartana é mínimo, não se espera que a coadministração com medicamentos que impactam as enzimas CYP450 impacte a farmacocinética.

Eliminação

Após a administração oral, 52 a 68% de sacubitril (principalmente como sacubitrilato) e ~13% da valsartana e seus metabólitos são excretados na urina; 37-48% do sacubitril (principalmente como sacubitrilato) e 86% da valsartana e seus metabólitos são excretados nas fezes.

O sacubitril, sacubitrilato e a valsartana são eliminados do plasma com uma meia-vida (T1/2) de eliminação média de aproximadamente 1,43 horas, 11,48 horas e 9,90 horas, respectivamente.

Linearidade / não linearidade

A farmacocinética de sacubitril, sacubitrilato e valsartana são lineares no intervalo de dose testado (24 mg/26 mg – 194 mg/206 mg de Sacubitril + Valsartana).

Populações especiais

Pacientes idosos (com idade acima de 65 anos):

As exposições ao sacubitrilato e valsartana são elevadas em indivíduos idosos em 42% e 30%, respectivamente, em comparação com indivíduos mais jovens. Entretanto, isto não está associado a efeitos clinicamente relevantes e, portanto, não é necessário nenhum ajuste de dose.

Pacientes pediátricos (com idade abaixo de 18 anos):

Sacubitril + Valsartana não foi estudado em pacientes pediátricos.

Função renal comprometida- Insuficiência renal:

Foi observada uma correlação entre a função renal e exposição sistêmica ao sacubitrilato, mas não à valsartana. Em pacientes com insuficiência renal leve (TFGe 60-90 mL/min/1,73 m2) a moderada (TFGe 30-60 mL/min/1,73 m2), a AUC para sacubitrilato foi até 2 vezes mais alta. Uma AUC 2,7 vezes mais alta para sacubitrilato foi observada em pacientes com insuficiência renal grave (TFGe < 30 mL/min/1,73 m2). Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal leve (Taxa de Filtração Glomerular estimada [TFGe] 60-90mL/min/1,73 m2). Uma dose inicial de 24 mg/26 mg duas vezes ao dia deve ser considerada em pacientes com insuficiência renal moderada (TFGe 30-60 mL/min/1,73 m2).

Como existem dados clínicos limitados em pacientes com insuficiência renal grave (TFGe <30 mL/min/1,73 m2); Sacubitril + Valsartana deve ser administrado com cuidado, e a dose inicial recomendada é de 24 mg/26 mg, duas vezes ao dia. Não há estudos em pacientes com doença renal em estágio terminal, portanto o uso não é recomendado.

Não foi realizado nenhum estudo em pacientes sendo submetidos a diálise. Entretanto, sacubitrilato e valsartana são altamente ligados a proteínas plasmáticas e, portanto, é improvável que sejam removidos com eficácia por diálise.

Função hepática comprometida:

Em pacientes com insuficiência hepática leve a moderada, as exposições do sacubitril aumentaram em 1,5 e 3,4 vezes, o sacubitrilato aumentou em 1,5 e 1,9 vezes e a valsartana aumentou em 1,2 vezes e 2,1 vezes, respectivamente, em comparação com indivíduos saudáveis correspondentes. Nenhum ajuste de dose é necessário ao administrar Sacubitril + Valsartana a pacientes com insuficiência hepática leve (Child-Pugh classificação A). Os estudos clínicos são limitados em pacientes com insuficiência hepática moderada (Child-Pugh classificação B) ou com valores de TGO/TGP superiores a duas vezes o limite superior do intervalo normal. Sacubitril + Valsartana deve ser utilizado com cautela nestes pacientes e a dose inicial recomendada é de 24 mg/26 mg, duas vezes ao dia.

Sacubitril + Valsartana é contraindicado em pacientes com insuficiência hepática grave, cirrose biliar e colestase (Child-Pugh classificação C).

Grupos étnicos:

A farmacocinética de Sacubitril + Valsartana (sacubitril, sacubitrilato e valsartana) é comparável entre diferentes grupos raciais e étnicos (Caucasianos, Negros, Asiáticos, Japoneses e outros).

Efeito do gênero:

A farmacocinética de Sacubitril + Valsartana (sacubitril, sacubitrilato e valsartana) é semelhante entre indivíduos do sexo masculino e feminino.

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