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Racemetionina + Cloreto de Colina: bula, para que serve e como usar

Racemetionina + Cloreto de Colina é indicado para auxiliar (ajudar) no tratamento dos distúrbios hepáticos.

Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Racemetionina + Cloreto de Colina destina-se a uso exclusivo pela via oral. O comprimido revestido deve ser deglutido por inteiro, com um pouco de líquido.

A posologia recomendada é de três a quatro comprimidos ao dia ou a critério médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

Racemetionina + Cloreto de Colina é bem tolerado. Ainda não foram relatadas reações adversas com o uso do produto, não sendo, portanto, conhecidas sua intensidade e freqüência.

Em casos de eventos adversos, notifique o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – Notivisa, disponível em ou a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Até o momento não foram relatados casos de interação medicamentosa com o produto.

Não há contraindicação relativa às faixas etárias.

Pacientes pediátricos

Não existem na literatura médica estudos na população infantil, portanto o medicamento não é indicado nessa faixa etária.

Pacientes idosos

Não há restrições ou recomendações especiais com relação ao uso destes produtos por pacientes idosos.

Pacientes com insuficiência hepática

O uso de metionina em pacientes com insuficiência hepática grave deve ser feito com cautela, pois pode induzir encefalopatia hepática.

Gravidez e lactação

Categoria C de risco na gravidez – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Resultados de Eficácia


A eficácia do Racemetionina + Cloreto de Colina baseia-se na eficácia dos seus componentes, todos muito bem estudados clinicamente e cujos resultados estão bem descritos em clássicos de farmacologia e de terapêutica. Sobre os agentes lipotrópicos básicos da fórmula existem numerosos estudos. Comprovou-se que o metabolismo e a reciclagem intracelular da metionina requerem a betaína como cofator, relatando-se a importância da betaína na síntese da metionina, principalmente em pacientes com deficência da vitamina B121 .

A importância da SAMe (metabólito ativo da metionina) nos distúrbios hepáticos foi relatada em diversas publicações científicas 1-4.

No tratamento da colestase induzida por doença hepática crônica, a SAMe foi significativamente superior a placebo, melhorando em 50% os escores dos sintomas (prurido, fadiga), da bilirrubina total e conjugada e da fosfatase alcalina5.

As ações da colina em indivíduos sadios e em pacientes foram apresentadas em estudos de revisão, demonstrando que este nutriente é essencial para o funcionamento normal do fígado 6,7.

Recentemente tem-se destacado que nas doenças hepáticas, principalmente nas crônicas, ocorrem espécies reativas de oxigênio e de outros radicais livres tóxicos resultantes do estresse oxidativo que contribuem para o dano hepático em vários tipos de hepatopatias, dentre as quais a doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA) e a sua forma progressiva, a esteatoepatite não-alcoólica (EHNA), a esteatopatia alcoólica, os processos hepáticos crônicos e as hepatites virais, assim como contribuem para a deterioração do processo patológico 8,9-11.

Um estudo piloto para a avaliação da evolução do estresse oxidativo hepático em pacientes com doença hepática gordurosa não-alcoólica (esteato-hepatite não-alcoólica) tratados com Racemetionina + Cloreto de Colina demonstrou no grupo tratado com o produto ativo uma redução significativa dos valores de glutationa, homocisteína e de malonaldeído ao longo do tratamento, em comparação com placebo. Esses achados podem ser explicados por um aumento da atividade antioxidante hepática determinada por Racemetionina + Cloreto de Colina que resultaria em menor lipoperoxidação hepática, comprovando a ação favorável do produto sobre o estresse oxidativo 12.

Os autores concluíram que a administração de agentes lipotrópicos com atividade antioxidante, como a metionina e a colina, desempenha um papel importante no tratamento coadjuvante de hepatopatias e de transtornos hepáticos de origem alimentar ou medicamentosa.

Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

Racemetionina + Cloreto de Colina é composto por dois aminoácidos – metionina e colina – importantes para o metabolismo lipídico e proteico que ocorre no fígado. Os seus componentes ativos atuam na mobilização e remoção do excesso de gorduras do hepatócito, além de fornecerem grupos metila para a síntese de colina no organismo. Possibilita-se, portanto, a formação dos componentes lipídicos das lipoproteínas plasmáticas, o que facilita o transporte de gorduras pelo fígado. Os aminoácidos presentes em Racemetionina + Cloreto de Colina são, ainda, importantes para o metabolismo lipídico e para a síntese e manutenção das membranas celulares, além de participarem de forma relevante da defesa antioxidante intracelular hepática, uma vez que estudos 13,14 comprovaram que a repleção destes aminoácidos se opõe ao estresse oxidativo responsável pelo aumento nos produtos de perioxidação celular e de radicais livres e de danos nas membranas celulares, restaurando as funções hepáticas 13 .

Propriedades farmacocinéticas

A metionina, uma vez absorvida, é convertida em SAMe (S-adenosilmetionina). A maior parte da metionina administrada é metabolizada no fígado, cujos tecidos têm a maior atividade específica, embora todos os tecidos possam produzir e utilizar a SAMe. A SAMe é doadora de radicais metila na maioria das reações de transmetilação. A meiavida estimada da SAMe hepática é de 2,4–5,9 minutos em condições dietéticas normais, e um adulto normal deve produzir 6-8 g de SAMe por dia 2.

A metionina sofre degradação oxidativa no fígado e é eliminada pela via renal 15.

A colina é rapidamente absorvida pelo trato gastrintestinal sob forma inalterada após administração oral; uma parte é metabolizada em trimetilamina pelas bactérias intestinais. Cerca de 98% da colina do sangue e dos tecidos é seqüestrada em fosfatidilcolina, que serve como fonte de “liberação lenta” de colina. A colina passa para o fígado, onde exercerá suas funções fisiológicas. É eliminada pela via renal, sendo 1% sob forma inalterada. É compatível com outros nutrientes e, quando co-administrada, parece favorecer a absorção destes16-19.

Referências Bibliográficas

1. Maree KA et al. Internat J Vit Nutr Res 1989; 59:136-41.
2. Mato JM et al. Pharmacol Ther 1997; 17(3):265-80.
3. Avila MA et al. Alcohol 2002;27(3):163-7.
4. Lu SC, Tsukamoto H, Mato JM. Alcohol 2002;27(3):155-62.
5. Giudici GA et al. In: Methionine Metabolism: Molecular mechanism and clinical implications, pp. 67-79, Mato J et al (eds.) CSIC press, Madrid, 1992.
6. Canty DJ, Zeisel SH. Nutr Ver 1994; 52(10):327-39.
7. Zeisel SH. J Am Coll Nutr 1992; 11(5):473-81.
8. Abdelmalek MF et al. AJG 2001; 96(9):2711-7.
9. Kim SK et al. Food Chem Toxicol 1998;36:655–661.
10. Barak AJ et al. Alcohol Clin Exp Res 1993;17:552–555.
11. Barak AJ et al. IRCMS Med Sci 1984;12:866-7.
12. Parise ER at al. Dados em arquivo.
13. Reis KAA et al. Pediatria (São Paulo) 2001;23(4):329-39.
14. Lieber CS. Rocz Akad Med Bialymst 2005;50:7-20.
15. Methionine. BIAM – Banque de Données Automatisée sur les Médicaments – M.S.- França –
16. Marcus R, Coulston AM. In. Hardman JG, Limbird LE. Goodman & Gilman’s – The pharmacological basis of therapeutic. 10ª ed. McGraw-Hill Co. USA. 2001. p.1765-71.
17. Zeisel SH, Blusztajn JK. Annu Ver Nutr 1994;14:269-96.
18. Wurtman RJ et al. Lancet 1977; 2(8028):68-9.
19. Choline. BIAM – Banque de Données Automatisée sur les Médicaments – M.S.- França –

Não há restrições quanto à ingestão concomitante de alimentos ou bebidas.

Bula do Profissional do Medicamento Xantinon®.

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