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Fator IX de Coagulação: bula, para que serve e como usar

Fator Ix De Coagulação é indicado para o tratamento e profilaxia de hemorragias em pacientes com hemofilia B (déficit congênito de Fator Ix De Coagulação).

Quais as contraindicações do Fator IX de Coagulação?

Hipersensibilidade marcada conhecida à substância ativa ou a qualquer dos excipientes.

O tratamento deve ser iniciado sob a supervisão de um médico com experiência no tratamento da hemofilia.

A dosificação e a duração do tratamento dependem da gravidade da deficiência de Fator Ix De Coagulação, da localização e o grau da hemorragia e do estado clínico do paciente.

O número de unidades de Fator Ix De Coagulação administrada é expressa em Unidades Internacionais (UI), em relação com o padrão da Organização Mundial da Saúde (OMS) vigente para concentrados de Fator Ix De Coagulação. A atividade plasmática de Fator Ix De Coagulação é expressa como uma porcentagem (em relação com o plasma humano normal) ou em Unidades Internacionais (em relação a um padrão internacional para Fator Ix De Coagulação em plasma).

Uma Unidade Internacional (UI) de atividade de Fator Ix De Coagulação equivale à quantidade de Fator Ix De Coagulação em um ml de plasma humano normal. A estimação da dose necessária de Fator Ix De Coagulação é baseada no achado empírico de que uma Unidade Internacional (UI) de Fator Ix De Coagulação por kg de peso corporal aumenta a atividade plasmática de Fator Ix De Coagulação em um 1,3 ± 0,3% da atividade normal.

Preparação da solução

  1. Levar o produto à temperatura ambiente ou corporal sem sobrepassar os 37 ºC.
  2. Retirar o lacre do frasco-ampola do dissolvente, desinfetando a tampa com uma solução antisséptica.
  3. Extrair do recipiente a agulha de dupla ponta. Separar um dos protetores que protegem as pontas e perfurar a tampa do frasco-ampola do dissolvente.
  4. Retirar o lacre do frasco-ampola do produto liofilizado, desinfetando a tampa com uma solução antiséptica.
  5. Separar o protetor da outra ponta da agulha.
  6. Inverter o frasco-ampola do dissolvente e perfurar o frasco-ampola do liofilizado, assegurando-se de que seja transferido todo o dissolvente e evitando a perda de vácuo.
  7. Separar o frasco do dissolvente com a agulha de dupla ponta. Girar suavemente o frasco-ampola procurando não produzir espuma até a total dissolução. Não agitar.
  8. O produto deve ser administrado por via intravenosa, antes de 3 horas depois de sua reconstituição.
  9. Retirar o filtro do blister e inseri-lo na seringa, recarregar a seringa com ar suficiente para o volume total da solução. Inserir a agulha no filtro e perfurar o frasco-ampola do produto reconstituído. Injetar o ar pré-carregado da seringa, através do filtro, para seguidamente inverter a posição do frasco-ampola e aspirar o conteúdo na seringa.
  10. Preparar a zona de injeção do paciente. Retirar o encaixe filtro-agulha e injetar o produto via intravenosa utilizando uma agulha estéril ou o set de infusão fornecido, a uma velocidade de 3 ml/min.

Todo produto não utilizado e o material de descarte devem ser eliminados de acordo com os requisitos locais.

Geralmente a solução é clara ou ligeiramente opalescente. Não utilizar soluções que apresentem turbidez ou sedimentos.

Uma vez reconstituída, a solução deve ser descartada caso sejam observadas partículas em seu interior ou algum tipo de descoloração.

Posologia do Fator Ix De Coagulação


A dose necessária é determinada utilizando a fórmula seguinte:

Unidades requeridas = peso corporal (kg) x aumento desejado de Fator Ix De Coagulação (%) (UI/dl) x 0,8.

A dose e a freqüência de administração devem ser calculadas segundo a resposta clínica do paciente. Em raras ocasiões se requer a administração de concentrados de Fator Ix De Coagulação mais de uma vez ao dia.

No caso de episódios hemorrágicos como os detalhados a seguir, a atividade de Fator Ix De Coagulação não deve ser inferior ao nível plasmático de atividade estabelecido (em % de plasma normal ou UI/dl) no período correspondente.

Pode ser empregada a seguinte tabela como guia de dosificação em episódios hemorrágicos e cirurgia:

Grau da hemorragia/Tipo de cirurgia

Nível de Fator Ix De Coagulação requerido (%) (UI/dl)

Freqüência de dosificação (horas) / Duração da terapia (dias)

Hemorragia

Hemartroses e sangramentos muscular ou oral menores

20 – 40

Repetir a cada 24 horas. Ao menos 1 dia, até que o episódio hemorrágico manifestado por dor se detenha ou até a cura

Hemartroses e hemorragia muscular ou hematoma moderados

30 – 60

Repetir a infusão a cada 24 horas durante 3 – 4 dias ou mais até que a dor e a descapacidade aguda desapareçam

Hemorragias com risco de vida

60 – 100

Repetir a infusão a cada 8 – 24 horas até que o risco desapareça

Cirurgia

Menor (incluindo extrações dentais)

30 – 60

A cada 24 horas, ao menos 1 dia até a cura

Maior

80 – 100 (pré e pós-operatório)

Repetir a infusão a cada 8 – 24 horas até a adequada cicatrização da ferida, elogo tratamento durante no mínimo de 7 dias para manter um nível de atividade de Fator Ix De Coagulação de 30% a 60% (UI/dl)

Recomenda-se a determinação adequada dos níveis plasmáticos de Fator Ix De Coagulação durante todo o tratamento a fim de calcular a dose e a freqüência das infusões a administrar. Particularmente nas intervenções cirúrgicas maiores, é imprescindível uma monitorização precisa da terapia de substitução por meio de análise da coagulação (atividade plasmática de Fator Ix De Coagulação). A resposta individual dos pacientes à terapia com Fator Ix De Coagulação pode variar, alcançando diferentes níveis de recuperação in vivo e de meia vida.

Na profilaxia rotineira para impedir hemorragias em pacientes com hemofilia B grave devem ser administradas doses de 20 a 40 UI de Fator Ix De Coagulação/kg de peso corporal em intervalos de 3 a 4 dias. Em alguns casos, especialmente em pacientes jovens, pode ser necessário encurtar os intervalos de administração ou doses mais elevadas.

Não se dispõe de dados suficientes procedentes de ensaios clínicos para recomendar o uso de Fator Ix De Coagulação em crianças menores de 6 anos.

Nos pacientes deve ser controlado o desenvolvimento de inibidores do Fator Ix De Coagulação. Caso não sejam obtidos os níveis de atividade plasmática de Fator Ix De Coagulação esperados, ou caso o sangramento não seja controlado com a dose adequada, devem ser realizados ensaios para determinar a presença de inibidores de Fator Ix De Coagulação.

Em pacientes com elevados níveis de inibidor, pode ser que a terapia com Fator Ix De Coagulação não seja efetiva e devam ser consideradas outras opções terapêuticas. Estas terapias deverão ser realizadas sob a supervisão de um médico com experiência no tratamento da hemofilia.

O produto deve ser administrado lentamente, especialmente a primeira dose (aproximadamente 3 ml/min) por via intravenosa.

Excepcionalmente, foram observadas reações alérgicas ou de hipersensibilidade (angioedema, sensação de ardor e picada no lugar de infusão, calafrios, enrijecimento, erupções cutâneas que podem chegar a urticária generalizada, cefaléia, hipotensão, sonolência, náuseas, inquietude, taquicardia, opressão torácica, formigamento, vômitos, dificuldade para respirar) em pacientes tratados com produtos que contêm Fator Ix De Coagulação. Em certos casos, estas reações progrediram até anafilaxia grave, sendo descritos associação temporal com o desenvolvimento de inibidores de Fator Ix De Coagulação.

A experiência de Fator Ix De Coagulação Grifols no tratamento de pacientes previamente não tratados é limitada.

Foram descritos casos de aparição de síndrome nefrótica após tentar a indução de imunotolerância em hemofílicos B com inibidores contra o Fator Ix De Coagulação e história de reações alérgicas.

Em raras ocasiões foram observados febre. Alguns pacientes com hemofilia B podem desenvolver anticorpos neutralizantes contra o Fator Ix De Coagulação (inibidores), o que ocasiona uma resposta clínica insuficiente ao tratamento. Em tais casos, recomenda-se contatar com um centro especializado em hemofilia.

Existe um risco potencial de episódios tromboembólicos depois da administração de concentrados de Fator Ix De Coagulação, sendo maior o risco em preparados de baixa pureza. O uso de concentrados de Fator Ix De Coagulação de baixa pureza foi associado com casos de infarto de miocárdio, coagulação intravascular disseminada, trombose venosa e tromboembolismo pulmonar. O uso de concentrados de Fator Ix De Coagulação de alta pureza raramente foi associado com estas reações adversas.

Não existem dados robustos sobre a frequência dos efeitos indesejáveis dos ensaios clínicos e experiência pós-comercialização.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em “www.anvisa.com.br”, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Fator IX de Coagulação com outros remédios?

Não foram observadas interações de fator IX de coagulação humano com outros medicamentos.

Incompatibilidades

Fator Ix De Coagulação não deve ser mesclado a outros medicamentos.

Somente deve ser utilizado o equipo para injeção que é fornecido para evitar um possível erro no tratamento como conseqüência da adsorção de fator IX de coagulação humano à superfície interna de qualquer outro equipamento para injeção.

Quais cuidados devo ter ao usar o Fator IX de Coagulação?

Igualmente a qualquer produto protéico para administração intravenosa, é possível que sejam produzidas reações de hipersensibilidade do tipo alérgica.

O produto contém traços de outras proteínas humanas, além de Fator Ix De Coagulação. Os pacientes devem ser informados acerca dos sinais iniciais das reações de hipersensibilidade, que incluem erupções cutâneas que podem chegar a urticária generalizada, opressão torácica, dificuldade para respirar, hipotensão e anafilaxia. Caso sejam produzidas reações deste tipo, recomendase interromper a administração do preparado e contatar imediatamente o médico.

Em caso de choque, devem ser seguidas as recomendações vigentes para o tratamento de choque.

Quando são produzidos medicamentos derivados de sangue ou plasma humanos, são seguidos diversos procedimentos a fim de prevenir a transmissão de infecções aos pacientes. Estes procedimentos incluem uma cuidadosa seleção dos doadores de sangue e plasma para se assegurar da exclusão daqueles que possam supor um risco de transmissão de infecções, e a análise de cada doação e mescla de plasma para a detecção de vírus/infecções. Os fabricantes destes produtos também incluem etapas no processamento do sangue ou do plasma a fim de inativar ou eliminar vírus.

Apesar destas medidas, quando são administrados medicamentos derivados de sangue ou plasma humanos, não se pode excluir totalmente a transmissão de infecções. Isto também se refere à possibilidade de transmissão de vírus desconhecidos ou emergentes ou outros tipos de infecções.

As medidas tomadas são consideradas efetivas para vírus encapsulados tais como o vírus da imunodeficiência humana (VIH), vírus da hepatite B e vírus da hepatite C, e para o vírus não encapsulado da hepatite A. As medidas tomadas podem ter um valor limitado para vírus não encapsulados tais como parvovírus B19.

A infecção por parvovírus B19 pode ser grave para uma mulher grávida (infecção fetal) e para sujeitos com imunodeficiência ou como uma produção aumentada de hemácias (ex. com anemia hemolítica).

É altamente recomendável que cada vez que seja administrada uma dose de Fator Ix De Coagulação seja registrado o nome do medicamento e n.º de lote administrado a fim de manter um registro dos lotes utilizados. Recomenda-se a vacinação apropriada (hepatite A e B) para os pacientes que recebam concentrados de Fator Ix De Coagulação.

Nos pacientes submetidos a tratamentos repetidos com Fator Ix De Coagulação de coagulação humano deve ser controlado o desenvolvimento de anticorpos neutralizantes da atividade (inibidores), que serão titulados em Unidades Bethesda (UB) utilizando as provas biológicas adequadas.

Na literatura médica, aparecem descritos casos que demonstram uma correlação entre a aparição de inibidores de Fator Ix De Coagulação e as reações alérgicas. Por conseguinte, nos pacientes que experimentam reações alérgicas deveria ser avaliada a presença de inibidores de Fator Ix De Coagulação. Deve se ter em conta que os pacientes com inibidores de Fator Ix De Coagulação podem ter um elevado risco de anafilaxia quando são submetidos a tratamento com Fator Ix De Coagulação.

Devido ao risco de reações alérgicas a concentrados de Fator Ix De Coagulação, a administração inicial de Fator Ix De Coagulação deve, a juízo facultativo, ser realizado sob controle médico em um centro onde se possa proporcionar tratamento médico adequado para reações alérgicas.

A administração de concentrados de Fator Ix De Coagulação tem sido associada ao desenvolvimento de complicações tromboembólicas, sendo maior o risco em preparados de baixa pureza. Portanto, o uso de produtos que contêm Fator Ix De Coagulação pode ser especialmente perigoso em pacientes com sinais de fibrinolise ou em pacientes com coagulação intravascular disseminada (CID). Em pacientes com enfermidade hepática, pacientes em pós-operatório, neonatos ou pacientes com risco de acidentes tromboembólicos ou CID aconselha-se acompanhamento, mediante provas biológicas adequadas, a possível aparição de sinais de coagulopatia tromboembólica e de consumo, já que existe um risco potencial de complicações trombóticas. Em cada uma destas situações deve ser avaliada a relação risco/beneficio do tratamento com Fator Ix De Coagulação.

Gravidez e lactação

Não foram realizados estudos de reprodução em animais com Fator Ix De Coagulação. Devido à baixa incidência de hemofilia B em mulheres, se requer experiência acerca do uso de Fator Ix De Coagulação em gravidez e lactação. Portanto, durante a gravidez a lactação pode ser utilizado o Fator Ix De Coagulação unicamente caso esteja claramente indicado.

Efeitos sobre a capacidade de condução

Não existe nenhum indício de que o Fator Ix De Coagulação possa afetar a capacidade de conduzir veículos ou utilizar máquinas.

Qual a ação da substância Fator IX de Coagulação?

Resultados de Eficácia


Não procede.

Características Farmacológicas


O Fator Ix De Coagulação é uma glicoproteína de cadeia única com peso molecular aproximado de 68.000 Daltons. É um fator de coagulação de síntese hepática, dependente de vitamina K.

O Fator Ix De Coagulação é ativado pelo fator Xa na via intrínseca da coagulação e pelo complexo fator VII/fator tissular na via extrínseca. O Fator Ix De Coagulação ativado, em combinação com o fator VIII ativado, ativa por sua vez o fator X.

O fator X ativado converte a protrombina em trombina. Na seqüência, a trombina converte o fibrinogênio em fibrina, formando-se o coágulo.

A hemofilia B é um trastorno hereditário da coagulação sangüínea ligado ao sexo, devido à diminuição do nível de Fator Ix De Coagulação, o que por sua vez produz hemorragias graves nas articulações, músculos ou órgãos internos, bem de forma espontânea ou como conseqüência de um acidente ou trauma cirúrgico. Mediante uma terapia de reposição aumenta o nível plasmático de Fator Ix De Coagulação, e portanto é corrigido temporariamente a deficiência deste fator sendo controlado e prevenindo as hemorragias.

Não há experiência procedente de ensaios clínicos em crianças menores de 6 anos.

Segundo os dados dos ensaios clínicos, a recuperação foi 1,3 ± 0,3 UI/dl:UI/kg e a meia vida terminal 29,1 ± 3,6 h (24 – 34 h) usando um modelo não-compartimental.

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