Cassia angustifolia: bula, para que serve e como usar

Constipação ocasional e em condições nas quais a defecação fácil, com fezes amolecidas, é necessária, como na ocorrência de fissura anal e após operação reto-anal. Indicado também na preparação de intervenção diagnóstica no trato gastrintestinal.

Quais as contraindicações do Cassia angustifolia?

Não deve ser utilizado em pacientes que apresentem hipersensibilidade ao Sene ou aos outros componentes da formulação.

Pacientes que apresentam obstrução e estenose intestinal, apendicite, sintomas abdominais não diagnosticados, atonia, cistite, hemorróida, desidratação severa com depleção de água e eletrólitos e doenças inflamatórias intestinais, como colite ulcerosa e Doença de Crohn. Não deve ser administrado a pacientes que possuem insuficiência hepática, renal ou cardíaca.

Pacientes que apresentam dor abdominal aguda, náusea, vômito ou constipação intestinal crônica também não devem utilizar medicamentos contendo Cassia Angustifolia.

Este medicamento é contraindicado para menores de 10 anos.

De acordo com a categoria de risco de fármacos destinados às mulheres grávidas, este fitoterápico apresenta categoria de risco C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Uso oral.

Ingerir diariamente 2 (duas) cápsulas, ao deitar.

As cápsulas devem ser ingeridas inteiras, sem mastigar e com água suficiente para que possam ser deglutidas.

Pacientes idosos devem, inicialmente, administrar a metade da dose inicialmente recomendada.

Cassia Angustifolia deve ser usado, no máximo, por 2 (duas) semanas. A utilização de laxantes por um período superior a 1 (uma) ou 2 (duas) semanas deverá ser realizada somente sob orientação e super visão médica.

Utilizar apenas a via oral. O uso deste medicamento por outra via pode causar a inefetividade do medicamento ou mesmo promover danos à saúde.

Caso haja esquecimento da ingestão de uma dose deste medicamento, retomar a posologia sem a necessidade de suplementação.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

O uso prolongado pode causar dependência, lentidão ou inibição da motilidade intestinal. As principais reações adversas, em particular em pacientes com cólon irritado, são: espasmos e cólica abdominal. Nestas situações, faz-se necessária uma redução de dosagem. Pode ocorrer vômito em pacientes que apresentam maior sensibilidade ou que administram doses excessivas de medicamentos contendo Cassia Angustifolia.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – Notivisa, disponível em www. anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Cassia angustifolia com outros remédios?

Laxativos de contato podem reduzir o tempo do trânsito gastrintestinal e absorção de agentes co-administrados. Logo, deve-se evitar a administração concomitantemente de outros medicamentos com àqueles contendo Cassia Angustifolia. Este fitoterápico pode também reduzir o efeito de estrógenos devido ao efeito na absorção destes compostos durante o trânsito intestinal.

Medicamentos contendo Nifedipina e Indometacina, quando utilizados concomitantemente a produtos contendo Cassia Angustifolia, podem ocasionar redução do seu efeito laxativo. A Indometacina reduz o efeito terapêutico de medicamentos contendo Cassia Angustifolia, devido ao seu efeito inibitório em prostaglandina E2. Já o efeito inibitório da Nifedipina ocorre devido ao bloqueio que exerce em canais de Ca2+, também utilizados pela reína (um dos componentes da Cassia Angustifolia) para seu efeito terapêutico.

A depleção de potássio, resultante da administração prolongada de Cassia Angustifolia, pode potencializar a ação de glicosídeos cardíacos (digitálicos, Strofantus) e de drogas antiarrítmicas. A deficiência de potássio também pode ser intensificada com a administração concomitante de Cassia Angustifolia e diuréticos tiazídicos, adrenocorticosteróides ou raiz de alcaçuz, acarretando em agravamento do desequilíbrio hidroeletrolítico.

A antraquinona, produto do metabolismo da Cassia Angustifolia, pode provocar uma pigmentação na urina, que irá varia de acordo com o pH urinário, deixando a urina mais amarelada ou marrom avermelhada. Entretanto, esta alteração de cor não é clinicamente significante, mas pode interferir em resultados de exames laboratoriais, levando a um resultado falso positivo para urobilinogênio e para dosagem de estrógeno pelo método de Koder.

Quais cuidados devo ter ao usar o Cassia angustifolia?

Em caso de hipersensibilidade ao produto, recomenda-se descontinuar o uso e consultar o médico.

Não administrar doses maiores do que as recomendadas.

Cassia Angustifolia deve ser usado, no máximo, por 2 (duas) semanas. A sua utilização por um período superior a 1 (uma) ou 2 (duas) semanas deverá ser realizada somente sob orientação e supervisão médica.

O uso por tempo prolongado deve ser evitado, pois pode causar dependência, lentidão ou inibição da motilidade intestinal.

Se existir a necessidade diária de uso de laxantes, a causa da constipação deve ser investigada pelo médico. A antraquinona, produto do metabolismo da Cassia Angustifolia, pode provocar uma pigmentação na urina, que irá varia de acordo com o pH urinário, deixando a urina mais amarelada ou marrom avermelhada. Entretanto, esta alteração de cor não é clinicamente significante.

Não há restrições específicas para o uso de Cassia Angustifolia em pacientes idosos, mas é indicado que, inicialmente, se administre a metade da dose recomendada.

Para gestantes e lactantes, o uso do produto não é recomendado, pois pode ocorrer passagem de metabólitos ativos da Cassia Angustifolia para o bebê e provocar diarréia.

De acordo com a categoria de risco de fármacos destinados às mulheres grávidas, este fitoterápico apresenta categoria de risco C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Qual a ação da substância Cassia angustifolia?

Resultados de Eficácia


Um estudo clínico, prospectivo e randomizado avaliou a eficácia do Sene, em comparação com polietilenoglicol (PEG), na preparação de pacientes para uma ressecção colênica ou retal eletiva, seguida de anastomose. Os 523 pacientes receberam sene ou PEG na noite anterior à cirurgia. Todos os pacientes receberam um enema com 5% de antisséptico iodo povidona antes da cirurgia. Ceftriaxona e metronidazol foram administrados na indução da anestesia. A limpeza colênica foi melhor e menor quantidade de material fecal permaneceu no lúmen do cólon com a utilização de Sene. Ainda, o risco de extravasamento de grande quantidade de sujeira fecal durante a operação foi menor também com o uso de Sene. A limpeza dos intestinos e a consistência do material fecal residual são fatores importantes a serem considerados, especialmente em ressecção colênica laparoscópica, devido à dificuldade em assegurar a adequada fixação dos segmentos do cólon nesta técnica. A conclusão do autor foi de que a preparação de pacientes para uma ressecção colênica ou retal eletiva é melhor e mais fácil com Sene do que com PEG e pode ser proposta a pacientes submetidos a este procedimento, especialmente a doentes com estenose (Valverde, 1999).

Características Farmacológicas


Cassia Angustifolia é constituído por extrato seco de Sene (Cassia Angustifolia), o qual tem como constituintes predominantes os glicosídeos hidroxiantracênicos, calculados como senosídeo B. O Sene tem um efeito laxativo (atividade catártica), devido à ação dos senosídeos e seus metabólitos ativos no cólon. A maior parte dos senosídeos chega diretamente no cólon onde, pela ação das enzimas da flora bacteriana normal, são degradados em agliconas (reína antrona), as quais são responsáveis pelo efeito laxativo. Também é sugerido que as antraquinonas da planta são absorvidas no trato gastrintestinal e, quando metabolizadas, liberam as agliconas no cólon. Este efeito laxativo das agliconas é causado pela influência (i) na motilidade do cólon, estimulando as contrações peristálticas e (ii) na absorção/secreção colênica de fluidos e eletrólitos, estimulando a mucosa e a secreção ativa de cloreto. Isto resulta em uma aceleração da passagem do bolo fecal pelo intestino e, por causa do pequeno tempo de contato, uma redução do líquido absorvido através do lúmem intestinal. Além disso, provoca a estimulação da mucosa e a secreção ativa de cloreto, o que eleva a secreção de fluidos, aumentando, assim, o conteúdo de água e eletrólitos na luz intestinal. A defecação decorrente deste processo ocorre por volta de 8-12 horas depois da ingestão do medicamento.

Fontes consultadas

Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Natulaxe.

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Fissuras Anais, Constipação Ocasional

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