Alfavelmanase é indicado como terapia de reposição enzimática para o tratamento de manifestações não neurológicas em pacientes com alfa-manosidose leve a moderada.
Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.
Alfavelmanase, forma recombinante de alfa-manosidase humana. LAMAN é uma enzima que atua no pH ácido dos lisossomos (pH ótimo de 4,5) e sua ação envolve o catabolismo de glicanos ligados a Asn de glicoproteínas, hidrolisando resíduos terminais de alfa-Dmanose em alfa-D-manosídeos. A deficiência genética de LAMAN leva ao acúmulo de oligossacarídeos não degradados nos lisossomos e sintomas da doença alfamanosidose em função desse armazenamento lisossomal. Por conseguinte, o produto Alfavelmanase (CHF LMZYMAA1) destina-se a ser utilizado como terapia de reposição enzimática (TER) de longa duração em pacientes com alfa-manosidose. A alfa-manosidose é uma doença extremamente rara, cronicamente debilitante e potencialmente fatal. Embora a gravidade e a progressão da doença variem, nenhum paciente adulto consegue viver de forma independente e, em última análise, acaba vindo a óbito precocemente. Além da alfavelmanase, não há outra terapia disponível aos pacientes, ficando este sob cuidados de suporte disponíveis. Com base na raridade da alfa-manosidose, o Alfavelmanase foi designado medicamento órfão pelo Comitê dos Medicamentos Órfãos da UE em Janeiro de 2005 (EU/3/04/260) e pela FDA dos EUA em Fevereiro de 2006.
Subsequentemente, a autorização de introdução no mercado para alfavelmanase foi concedida em circunstâncias excepcionais na UE (UE/1/17/1258) em 23 de Março de 2018 para a indicação “terapia de substituição enzimática para o tratamento de manifestações não neurológicas em pacientes com alfamanosidose de leve a moderada”. Pelo produto ser enquadrado na RDC n° 205/2017, foi concedida a priorização de análise. O efeito farmacodinâmico foi demonstrado, o que indica a captação da enzima no lisossomo e também a atividade da enzima. Portanto, pode-se esperar que a alfavelmanase tenha o potencial de interromper a doença. Considerando os resultados da história natural da doença, alguns efeitos clinicamente relevantes só podem ser esperados após mais de 2 anos de tratamento. Na análise geral, os resultados dos testes de resistência (3MSCT e 6MWT) e dos testes de função pulmonar (CVF prevista, VEF1 previsto, CVF absoluta, CVF absoluta, VEF1 absoluto e PFE) também apresentaram alguma melhora numérica em comparação com a linha de base. Um benefício clínico adicional é sugerido pela análise post-hoc de respondedores. Sobre a segurança, a maioria dos eventos adversos relatados durante o programa de desenvolvimento clínico da alfavelmanase parece ser de natureza leve e
transitória, gerenciável pelos profissionais de saúde que farão a administração do medicamento.
No estudo controlado com placebo, foi demonstrado um efeito farmacodinâmico em termos de uma diminuição dos oligossacarídeos séricos. Apesar da lenta progressão da doença nos pacientes tratados com placebo, da história natural da doença e do curto período de observação, a maioria das diferenças nos parâmetros em comparação com o placebo mostrou uma melhoria numérica em favor dos pacientes tratados com alfavelmanase e, portanto, apoia a eficácia da alfavelmanase. Em conclusão, considerando todas as informações disponíveis até o momento, bem como o fato de que se trata de uma necessidade médica não atendida atualmente, a totalidade de evidências demonstra que a avaliação risco-benefício de Alfavelmanase é positiva para pacientes com manifestações não neurológicas leves a moderadas da alfa-manosidose.