Ampicilina Benzátina + Ampicilina Sódica: bula, para que serve e como usar

Infecções por bactérias sensíveis ao antibiótico, tais como:

Infecções das vias respiratórias (pneumonia, broncopneumonia, amigdalite, faringite, laringite, sinusite, otite), infecções gastrintestinais (enterite, gastroenterite, colecistite, shigueloses, salmoneloses tifóide e paratifóide – inclusive em portadores crônicos), infecções gênito-urinárias (cistite, pielonefrite, prostatite, uretrite, pelviperitonite, endometrite, anexite, gonococcia), infecções dermatológicas (erisipela, piodermite, furunculose, abscesso) e outras infecções (linfangite, tromboflebite). Profilaxia antiinfecciosa no pré e no pós-operatório.

Quais as contraindicações do Ampicilina Benzátina + Ampicilina Sódica?

Ampicilina Benzátina + Ampicilina Sódica não deve ser utilizado por pessoas que apresentem hipersensibilidade às penicilinas ou aos seus derivados, e/ou às cefalosporinas; em infecções causadas por vírus, ricketsias ou bactérias resistentes ao antibiótico, como os estafilococos penicilino-resistentes.

Cuidados na administração

  1. Retire o lacre de segurança do frasco ampola.

  1. Retire a cabeça da ampola diluente.

  1. Insira a agulha da seringa na ampola de diluente e aspire o líquido.

  1. Insira a agulha da seringa no frasco ampola e injete o diluente, girando o frasco ampola, simultaneamente, conforme a figura para que o líquido escorra pela parede do frasco.

  1. Agite o frasco ampola vigorosamente por 30 segundos para homogeneização da mistura. Observar se não há formação de “grumos”, os quais indicam que a mistura não está homogeneizada. Proceder a agitação por mais alguns segundos até que o pó esteja totalmente ressuspenso. Em caso de formação de espuma, esta não interfere na estabilidade da mistura.

  1. Aspirar a mistura do frasco ampola na seringa até que entre uma pequena quantidade de ar, o qual deverá ser eliminado antes da aplicação, certificando-se que todo o conteúdo foi aspirado. Por se tratar de uma suspensão, a administração deverá ser efetuada imediatamente após o preparo da mistura. Qualquer sobra da solução resultante que não for usada deve ser descartada.

  1. Troque a agulha, a fim de prevenir possíveis reações irritantes locais ou contaminações. Recomenda-se o uso de agulha de calibre 30 x 8 a fim de evitar o entupimento da mesma e garantir a injeção intraglútea profunda. É necessária uma avaliação criteriosa da massa muscular glútea principalmente de idosos e crianças ou em pacientes com massa muscular reduzida para garantir a aplicação e a absorção adequadas da injeção intraglútea profunda.

  1. Injete o líquido lentamente no paciente, no quadrante superior externo, em direção perpendicular à asa ilíaca (injeção intraglútea profunda). Certifique-se de que não foi atingido nenhum vaso sangüíneo.

  1. Errado. Nunca aplique o produto no braço

Reações de hipersensibilidade como, por exemplo, dermatites eritematosas ou máculo-papulosas, urticária, prurido, conjuntivite, rinite, glossite, estomatite, colite pseudomembranosa ou fenômenos anafilactóides. As reações alérgicas ocorrem com maior probabilidade em pacientes com história prévia de asma, rinite alérgica, urticária e febre do feno, e usualmente regridem com a interrupção do tratamento. Podem ainda ser mais freqüentes em pacientes portadores de leucemias linfóides ou HIV.

Em casos de aparecimento de uma ou mais destas reações, o antibiótico deve ser suspenso, salvo seja, na opinião médica, de importância vital, controlando-se então os fenômenos de hipersensibilidade mediante o uso de medicações adequadas para o controle do quadro alérgico. Reações anafiláticas intensas requerem tratamento de emergência. Podem ocorrer reações tardias similares à doença do soro.

Agranulocitose, anemia, eosinofilia, leucopenia, púrpura trombocitopênica, dermatite esfoliativa, sonolência e ainda nefropatias são referidas na literatura, sendo reversíveis com a suspensão da droga.

Há relatos sobre as seguintes possíveis intercorrências em exames laboratoriais com o uso de ampicilina:

Teste de Coombs (antiglobulina direta) falso-positivo.

Dosagem de glicose por testes com sulfato de cobre (Clinitest ou similares) ou testes enzimáticos (Clinistix ou similares):

Resultados falso-positivos.

Enzimas hepáticas:

Elevação das taxas.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Ampicilina Benzátina + Ampicilina Sódica com outros remédios?

A administração concomitante dos medicamentos listados abaixo pode causar as interações descritas.

Alopurinol

Aumento da possibilidade de erupções cutâneas, particularmente em pacientes hiperuricêmicos.

Cloranfenicol, eritromicina, sulfamidas, tetraciclinas

Interferência na ação bactericida da ampicilina.

Probenecida

Diminuição da excreção da ampicilina, com conseqüente aumento dos seus níveis séricos e de sua meia-vida.

Anticoncepcionais orais

Redução da eficácia e aumento da incidência de sangramento vaginal.

Anticoagulantes

Deve-se levar em conta a possibilidade de sangramento prolongado com o uso de anticoagulantes durante o tratamento oral com Ampicilina Benzátina + Ampicilina Sódica.

Aminoglicosídeos, moxalactam, sulbactam

Efeito sinergístico quando administrados em locais distintos, com pelo menos uma hora de diferença.

Cefoxitina

Diminui a eficácia da ampicilina, por ser potente indutor de β-lactamases.

Metotrexato

Redução do clearance do metotrexato com aumento da toxicidade.

Atenolol

Redução da eficácia do atenolol.

Quais cuidados devo ter ao usar o Ampicilina Benzátina + Ampicilina Sódica?

Certificar-se de que o paciente não teve reações anteriores ao uso de antibióticos beta-lactâmicos ou se não é portador de asma, rinite alérgica ou outros processos alérgicos. Recomenda-se a realização de teste de sensibilização, a critério médico, porém levando-se em conta que o teste deve ser realizado em ambiente hospitalar e que a sua não reatividade não exclui a possibilidade de reação de hipersensibilidade com a administração do produto ou reações de hipersensibilidade futuras. No uso por tempo prolongado, há possibilidade de superinfecções por microorganismos resistentes (inclusive fungos). Recomenda-se vigilância quanto a estes fenômenos.

Na presença de insuficiência renal ou hepática, a antibioticoterapia em altas doses deve ser monitorada por freqüentes exames sangüíneos (renais e hepáticos). Nesses casos recomenda-se um ajuste de doses. Desaconselha-se seu uso para o tratamento da mononucleose infecciosa, pelo alto risco de provocar reações cutâneas. Nos casos de blenorragia com lesão suspeita de sífilis primária, proceder a exames de câmara escura antes de iniciar o tratamento.

Em caso de suspeita de sífilis concomitante, são necessários testes sorológicos mensais, durante pelo menos 3 meses. Não se recomenda a administração intra-tecal do produto.

As infecções por estreptococos hemolíticos requerem um mínimo de 10 dias de tratamento para evitar complicações como febre reumática ou glomerulonefrite aguda. Nas infecções crônicas das vias gênito-urinárias ou gastrintestinais, são necessárias freqüentes avaliações bacteriológicas e clínicas, assim como exames póstratamento, para confirmação da cura bacteriológica. Em casos de prostatite ou epididimite, recomenda-se tratamento intensivo e prolongado.

Qual a ação da substância Ampicilina Benzátina + Ampicilina Sódica?

Características Farmacológicas

Ampicilina Benzátina + Ampicilina Sódica tem como substância ativa principal a ampicilina benzatina, que é um antibiótico bactericida de largo espectro sobre microorganismos Gram-positivos e Gram-negativos. A aplicação parenteral da ampicilina benzatina, em doses terapêuticas, promove uma concentração sangüínea duas e meia a nove vezes maior do que a que se consegue com o triidrato de ampicilina em doses idênticas, considerando-se a base anidra.

Em função da liberação prolongada da benzatina, sua absorção é lenta, o que mantém altas concentrações sangüíneas por tempo prolongado, evitando-se assim o inconveniente de injeções mais freqüentes. Por outro lado, a presença de ampicilina sódica, por sua rápida absorção, determina um pico de ação imediato, que será mantido a seguir, pela ação prolongada da ampicilina benzatina.

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